segunda-feira, 28 de novembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
MC Ary - Duro de Roer II
MC Ary - "Duro de Roer II"
Mixtape "Consciência dos 20"
Mixtape "Consciência dos 20"
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Sam & CuSS (Póvoa de Varzim)
Artista: Sam e CuSS
Produzido por: Nas
Gravação: Aqui Há Records
Mistura & Masterização: CuSS
Brevemente EP do Sam
Produzido por: Nas
Gravação: Aqui Há Records
Mistura & Masterização: CuSS
Brevemente EP do Sam
terça-feira, 22 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Deau e Jimmy @ Plano B, Porto (18/11/11)
Que nos últimos anos as ruas da Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade têm moldado um jovem MC cheio de talento já não deve constar novidade para (quase) ninguém, pelo menos para os mais atentos apreciadores de bom rap. Apesar de só em Janeiro de 2012 surgir o seu primeiro registo discográfico, Deau começa a dispensar o rótulo de jovem promessa, reclamando antes o título de jovem certeza. Os acontecimentos da noite da última sexta-feira, dia 18 de Novembro, sustentam qualquer palavra atrás escrita. No andar subterrâneo do Plano B, Deau teve como primeiro plano a apresentação de novos temas, que, de boca em boca, ganharam estatuto de EP. Jimmy P foi seu convidado de abertura e DJ D-One responsável pelos pratos (aventurando-se também nas dobras).
Com o habitual compasso de espera para que a sala se povoasse o mais possível, a (curta) performance de Supremo G a.k.a. Jimmy P iniciou-se quando os ponteiros já faziam cócegas às duas horas da matina. Como o próprio fez questão de frisar, a sua actuação serviu sobretudo como warm up para o cabeça de cartaz - Deau, pois claro-, e, numa das noites mais importantes da carreira deste, terá sido também, de alguma forma, uma espécie de retribuição pelo companheirismo de Jimmy ao longo do despontar de Deau no rap nacional. “Gameover” foi o primeiro som a puxar pelas gargantas dos presentes, seguido pelo muito comentado “Dope Boy”. Jimmy P esteve sozinho na frente do palco, sem MC de apoio, por isso recaía sobre ele o bom ou o mau arranque da noite. Com maior ou menor dificuldade a tarefa foi cumprida com êxito. Já depois da faixa que selou “O Regresso” às gravações depois de uma fase de ausência, Jimmy lançou “Warrior” e foi nesse instante que sentiu o maior calor da plateia e a certeza que esta já se encontrava suficientemente aquecida para Deau.
Sem intervalo, Jimmy nem saiu do palco, pois logo de seguida serviria de apoio – juntamente com Ruca – ao MC oriundo do Candal. Numa hora e um quarto de concerto, Deau fez questão de apresentar todos os 9 temas que constituem o dito EP. “Questão de Tempo” e “Diva Suburbana” foram os dois primeiros e serviram desde logo como teste à recepção da audiência. Com o espaço quase cheio, um bom grupo de apoiantes de Deau mostrou já ter as novas letras decoradas. Por várias vezes Deau fez referência ao “seu povo”, sendo bem evidente a sua felicidade por ter gente que bem conhece e com quem convive naquele espaço, naquela noite. Prova disso, as várias vezes que partilhou o microfone com alguns deles. “Cara Metade” foi um dos clássicos (juntamente com “Lamento”) que meteu Deau na boca e nos ouvidos de muita gente, e, nesta noite especial, recorda-lo era obrigatório, até porque Supremo G (a voz metade desta música) estava mesmo ali ao lado. Deau revela-se cada vez mais maduro, indócil em algumas ideias, mas sempre com opiniões bem traçadas, seja nas suas músicas ou quando encara uma plateia de mic na mão.
Uma das habilidades que também tem catapultado Deau para os cabeçalhos do rap português é o improviso. Todo e qualquer concerto de Deau tem de ter rimas geradas na hora. Isso já parece ponto assente. No Plano B não foi excepção. Embora não tenha sido tão empolgante como noutras vezes, foi o suficiente para manter a fama que arrecadou em vários palcos e ruas onde tem improvisado. A flexibilidade enquanto MC está bem patente na diversidade de abordagens nos novos sons. Dos 7 minutos do “Advogado do Diabo” à visão teatral da “Invicta” (para mim, uma das suas melhores canções) ou o meloso “Ao Pé de Ti”, num registo algo diferente de tudo que tinha feito até agora.
"Acham que ia embora sem a ‘Lamento?'", perguntou Deau perante um público mais do que convicto da resposta. À efervescência que esta faixa provoca sempre que é tocada ao vivo, juntou-se Chek, do duo Enigma. Deau acabou levado em ombros, como se de uma condecoração se tratasse. Mas ninguém queria arredar pé da sala, nem o público, nem o próprio Deau, e isso foi notório. Mais 10 minutos de improviso improvisados (passo a redundância) fecharam a actuação. De brilho nos olhos, e depois do apoio e da cumplicidade que recebeu numa noite onde, pela primeira vez, foi o centro de todas as atenções, Deau terá se sentido nas nuvens mesmo estando no subsolo do Plano B. No final, ficou o desafio lançado pelo próprio (e que poucos artistas ousariam fazer): "Quem não gostou que faça barulho". Silêncio ensurdecedor na sala. Quem cala, consente, já diz o povo.
Com o habitual compasso de espera para que a sala se povoasse o mais possível, a (curta) performance de Supremo G a.k.a. Jimmy P iniciou-se quando os ponteiros já faziam cócegas às duas horas da matina. Como o próprio fez questão de frisar, a sua actuação serviu sobretudo como warm up para o cabeça de cartaz - Deau, pois claro-, e, numa das noites mais importantes da carreira deste, terá sido também, de alguma forma, uma espécie de retribuição pelo companheirismo de Jimmy ao longo do despontar de Deau no rap nacional. “Gameover” foi o primeiro som a puxar pelas gargantas dos presentes, seguido pelo muito comentado “Dope Boy”. Jimmy P esteve sozinho na frente do palco, sem MC de apoio, por isso recaía sobre ele o bom ou o mau arranque da noite. Com maior ou menor dificuldade a tarefa foi cumprida com êxito. Já depois da faixa que selou “O Regresso” às gravações depois de uma fase de ausência, Jimmy lançou “Warrior” e foi nesse instante que sentiu o maior calor da plateia e a certeza que esta já se encontrava suficientemente aquecida para Deau.
Sem intervalo, Jimmy nem saiu do palco, pois logo de seguida serviria de apoio – juntamente com Ruca – ao MC oriundo do Candal. Numa hora e um quarto de concerto, Deau fez questão de apresentar todos os 9 temas que constituem o dito EP. “Questão de Tempo” e “Diva Suburbana” foram os dois primeiros e serviram desde logo como teste à recepção da audiência. Com o espaço quase cheio, um bom grupo de apoiantes de Deau mostrou já ter as novas letras decoradas. Por várias vezes Deau fez referência ao “seu povo”, sendo bem evidente a sua felicidade por ter gente que bem conhece e com quem convive naquele espaço, naquela noite. Prova disso, as várias vezes que partilhou o microfone com alguns deles. “Cara Metade” foi um dos clássicos (juntamente com “Lamento”) que meteu Deau na boca e nos ouvidos de muita gente, e, nesta noite especial, recorda-lo era obrigatório, até porque Supremo G (a voz metade desta música) estava mesmo ali ao lado. Deau revela-se cada vez mais maduro, indócil em algumas ideias, mas sempre com opiniões bem traçadas, seja nas suas músicas ou quando encara uma plateia de mic na mão.
Uma das habilidades que também tem catapultado Deau para os cabeçalhos do rap português é o improviso. Todo e qualquer concerto de Deau tem de ter rimas geradas na hora. Isso já parece ponto assente. No Plano B não foi excepção. Embora não tenha sido tão empolgante como noutras vezes, foi o suficiente para manter a fama que arrecadou em vários palcos e ruas onde tem improvisado. A flexibilidade enquanto MC está bem patente na diversidade de abordagens nos novos sons. Dos 7 minutos do “Advogado do Diabo” à visão teatral da “Invicta” (para mim, uma das suas melhores canções) ou o meloso “Ao Pé de Ti”, num registo algo diferente de tudo que tinha feito até agora.
"Acham que ia embora sem a ‘Lamento?'", perguntou Deau perante um público mais do que convicto da resposta. À efervescência que esta faixa provoca sempre que é tocada ao vivo, juntou-se Chek, do duo Enigma. Deau acabou levado em ombros, como se de uma condecoração se tratasse. Mas ninguém queria arredar pé da sala, nem o público, nem o próprio Deau, e isso foi notório. Mais 10 minutos de improviso improvisados (passo a redundância) fecharam a actuação. De brilho nos olhos, e depois do apoio e da cumplicidade que recebeu numa noite onde, pela primeira vez, foi o centro de todas as atenções, Deau terá se sentido nas nuvens mesmo estando no subsolo do Plano B. No final, ficou o desafio lançado pelo próprio (e que poucos artistas ousariam fazer): "Quem não gostou que faça barulho". Silêncio ensurdecedor na sala. Quem cala, consente, já diz o povo.
Texto: Sempei
Fotos: Fisko
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sábado, 19 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Immortal Technique - "The Martyr" (Álbum para download)
Immortal Technique - "The Martyr" (Outubro 2011)
Participações de Dead Prez, Styles P, Vinnie Paz, Joell Ortiz, Pumpkinhead, Brother Ali e Diabolic, entre outros.
Produções de Jay Dilla, DJ Green Lantern e SouthPaw.
Participações de Dead Prez, Styles P, Vinnie Paz, Joell Ortiz, Pumpkinhead, Brother Ali e Diabolic, entre outros.
Produções de Jay Dilla, DJ Green Lantern e SouthPaw.
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Mic - "The Blue EP"
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
L.C.R. - "Essencial" (Álbum para download)
Foram largos anos a pairar no ar da Invicta, mormente em Aldoar, sob forma de "fumo" à espera que este originasse o "fogo". "Essencial", o mais-do-que-esperado-e-pedido álbum de L.C.R. (Livre Comunidade Rimática), que junta Nocas e Berna a DJ D-One, chega finalmente às ruas do Porto, embora não da forma por que todos aguardavam.
Gratuito, sem edição física, nem masterização e mistura, o trabalho estende-se por 14 temas, entre eles alguns já virados emblemáticos, como "Criativo", "Turista" ou "Namoros". Mundo (DLM) e Presto (MDG) são convidados de honra de um álbum onde D-One se encarrega da maior fatia de instrumentais, juntando-se-lhe um beat de Mundo, Auge e outro de Xis.
Apesar de várias participações alheias como L.C.R. nos últimos anos (depois do término em 2000), Nocas e Berna têm trilhado carreiras a solo. A mixtape "Manutenção" (2009) foi o último registo de Nocas Infinito. Já Berna lançou o ano passado o EP "Como Deve ser", tendo depois regressado ao lado de Mundo e Né num EP de Sindicato Sonoro.
Gratuito, sem edição física, nem masterização e mistura, o trabalho estende-se por 14 temas, entre eles alguns já virados emblemáticos, como "Criativo", "Turista" ou "Namoros". Mundo (DLM) e Presto (MDG) são convidados de honra de um álbum onde D-One se encarrega da maior fatia de instrumentais, juntando-se-lhe um beat de Mundo, Auge e outro de Xis.
Apesar de várias participações alheias como L.C.R. nos últimos anos (depois do término em 2000), Nocas e Berna têm trilhado carreiras a solo. A mixtape "Manutenção" (2009) foi o último registo de Nocas Infinito. Já Berna lançou o ano passado o EP "Como Deve ser", tendo depois regressado ao lado de Mundo e Né num EP de Sindicato Sonoro.
L.C.R. - "Essencial"
(download)
(download)
domingo, 13 de novembro de 2011
O vencedor da Urban Beat Battle 2011 foi...
... Dead End! Este produtor oriundo de Gaia bateu na final Manifesto, de Chelas. De referir que, como vencedor da competição, Dead End recebeu como prémios a possibilidade de gravar uma faixa com Mundo e Maze e ainda ofertas da Akai/Plastic Sounds e WeSC (tendo curiosamente oferecido um dos prémios [phones] a Manifesto). Os nossos parabéns!
Brevemente fotos do evento.
Brevemente fotos do evento.
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sábado, 12 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Valete (e Regula) no Porto e Lisboa
Valete com Bonus e Adamastor (1ª parte - Regula);
2 de Março - Campo Pequeno, Lisboa (bilhetes de 20 a 25 euros)
9 de Março - Coliseu do Porto, Porto (bilhetes de 20 a 22 euros)
2 de Março - Campo Pequeno, Lisboa (bilhetes de 20 a 25 euros)
9 de Março - Coliseu do Porto, Porto (bilhetes de 20 a 22 euros)
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quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Monster Jinx news
Finalmente, chegou o vídeo que faz o famoso filho da internet, Forever Alone, sentir-se amado e querido por todos. O tema "Estalo os Dedos" de Pulso ganha um pequeno conto visual e o mundo gasta mais caixas de lenços.
Este tema faz parte da mixtape do mesmo "Gillettes, Papéis e Outros Objectos Cortantes".
Este tema faz parte da mixtape do mesmo "Gillettes, Papéis e Outros Objectos Cortantes".
Mas outros eventos têm-se dado no cosmos da Monster Jinx. DarkSunn começou a divulgar, semanalmente, as faixas que compõe o seu projecto de remisturas, Shadaloo. Até agora, quatro dessas músicas foram libertas e planam sobre o universo. Muito brevemente, mais uma surgirá.
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quarta-feira, 9 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Mundo & Each e Pharoahe Monch @ Hard Club, Porto (05/11/2011)
Quem tinha saudades de uma grande noite festiva de Hip Hop com grandes nomes nacionais e internacionais? Foram várias as centenas que responderam afirmativamente e que quase encheram a sala 1 do Hard Club (com capacidade para albergar cerca de 800 pessoas). Havia duas boas desculpas para uma ida até ao HC apesar do frio pungente desta noite de 5 de Novembro: as apresentações ao vivo da mixtape conjunta de Mundo e Each e do álbum “W.A.R.” do americano Pharoahe Monch. O anunciado showcase de Sir Scratch em cartaz foi abortado por “questões logísticas”, segundo a editora do próprio artista. Os Dj’s D-One e SlimCutz completaram o line up. Maze foi o apresentador de serviço.
Mundo Segundo e Each entraram em cena às 3h quando muita gente ainda entrava na sala (já muito bem composta, mesmo assim). A expectativa em volta da actuação de ambos era grande, pela novidade dos sons e, sobretudo, por estes fundirem dois reconhecidos liricistas exímios em roer cacos. De Each, cara-e-voz-metade de Enigma e habitual companheiro de Mundo nas performances deste a solo, recaía talvez a maior dose de curiosidade, até porque uma coisa é acompanhar Mundo nas dobras, outra é complementa-lo (e ser complementado) em vários temas. Numa primeira auscultação geral dir-se-á que Each não desiludiu, um cenário que só lhe ajudará a colher frutos no futuro. Apesar de tudo, na festa de lançamento no Hard Club sentiu-se algum nervosismo do jovem MC (evidente sobretudo numa hesitação numa das letras), facto que não assombrou a sua boa prestação.
Tenho mais receio do medo do que daquilo que mete medo. Foi uma das novas tiradas retidas de Mundo, que se mantém (como seria de esperar) igual a si próprio, livre de qualquer tipo de apresentação. Das novas faixas destaque particular para a sarcástica “Isso é estúpido” e para “Beleza Interior” que toca na ferida de duas doenças crescentes em todo o Mundo (obesidade e anorexia), temas que, pessoalmente, não recordo terem sido abordados no rap nacional. Após a exposição da nova mixtape e da aceitação positiva da audiência, Mundo e Each despediram-se quando trouxeram a palco “Alucínio” (faixa da mixtape “2º Piso – 17 anos”).
Após a retirada da dupla portuguesa não tardou muito até Pharoahe Monch abrir a bagagem que trouxe de Nova Iorque. Antes disso, foi DJ Boogie Blind quem trouxe os primeiros laivos do talento americano, nomeadamente no que ao djing e turntablism diz respeito. De máscara na cara (fiel à capa do seu novo álbum), Pharoahe Monch surgiu com todo o gás desde o início perante toda uma sala que se incendiou ao mínimo “cheiro” de rap nova-iorquino. E Pharoahe bem cedo se mostrou deliciado com tamanho calor humano emanado pelos presentes (vindos de todo o país, diga-se). “Assassins” (do novo disco) e “Let’s Go” (do álbum “Desire”) foram os temas de uma abertura que prometeu desde logo um intenso espectáculo. Neste caso, pode-se dizer que a idade conta, e a experiência adquirida ao longo de uma carreira com mais de duas décadas reflecte-se na segurança e na normalidade com que Pharoahe contagia uma multidão.
Havia muito público juvenil na sala? Havia. Uma boa parte desconhecia os sons do americano (alguns só mesmo a “Simon Says” – ou talvez somente o get the fuck up)? Verdade. Mas convém dizer que muitos deles ficaram para conhecer as músicas de Pharoahe ou, quem sabe, somente para o dito get the fuck up. Mas ao contrário do que se sucedera com outros artistas estrangeiros que por aqui passaram noutras noites, a plateia era realmente numerosa e estava predisposta a engrandecer a festa. A forma como se viveu, por exemplo, a sequência “Fuck You“/“Desire” comprova isso mesmo. “Clap (One day)” é um dos melhores temas do álbum “W.A.R.” e ao vivo é verdadeiramente delicioso. Pharoahe Monch não trouxe nenhum MC de apoio, contando somente com o contributo de DJ Boogie Blind a partir da mesa dos pratos. Este disc-jockey do colectivo The X-Ecutioners (por onde passaram nomes como o falecido Roc Raida ou Rob Swift – que estará dia 10 no Hard Club com Dealema e Nach) teve, a certa altura, os holofotes virados unicamente para si, aproveitando para exibir todos os seus skills no turntablism. E que skills! Houve muita gente que ficou de boca e ouvidos bem abertos com o que ouviu!
Seguindo no repertório de Pharoahe, havia uma faixa, ou melhor, uma bomba prestes a rebentar no Hard Club, e por ela esperaram centenas de “suicidas” na sala 1. A expressão mais directa que se pode dar para tentar descrever o momento quando estourou “Simon Says” é que o fim do Mundo parecia ter sido antecipado para as primeiras horas do dia 6 de Novembro de 2011. Mas não, felizmente, até porque, surpreendentemente haveria mais música depois desse sonoro pesado do rap mundial que certamente deixou algumas mazelas em parte dos presentes. Já o emcee americano se despedira do público, e após uns minutos entregues a DJ Boogie Blind, Pharoahe regressa ao palco (quando já boa parte da audiência havia saído da sala convencida que a actuação tinha terminado) para encetar a sua tour europeia, precisamente na Cidade Invicta, com “The Light”, outro dos seus deliciosos clássicos. E de Pharoahe Monch foi tudo, e que tudo!
Para quem esperava voltar a sentir arrepios na pele com uma grande noite de Hip Hop isso voltou a acontecer, sem sombra de dúvidas. Casa cheia, amantes da cultura oriundos de todo o país, e artistas sérios e dedicados à sua arte. Mundo e Each aguçaram os ouvidos de quem os aprecia como dupla e corresponderam às expectativas, pese embora só terem actuado cerca de meia-hora, o que soube e saberá sempre a pouco. A expressão “monstro de palco” assenta que nem uma luva a Pharoahe Monch, e o americano pôde voltar ao seu país com a certeza que, pelo menos em Portugal (e certamente noutros cantos da Europa), arrecadou novos fãs. Ele e o seu compatriota, DJ Boogie Blind. Pharoahe Monch abriu, intermediou e fechou o seu show sem nada que se possa lamentar, a não ser a sua saída do palco...
Mundo Segundo e Each entraram em cena às 3h quando muita gente ainda entrava na sala (já muito bem composta, mesmo assim). A expectativa em volta da actuação de ambos era grande, pela novidade dos sons e, sobretudo, por estes fundirem dois reconhecidos liricistas exímios em roer cacos. De Each, cara-e-voz-metade de Enigma e habitual companheiro de Mundo nas performances deste a solo, recaía talvez a maior dose de curiosidade, até porque uma coisa é acompanhar Mundo nas dobras, outra é complementa-lo (e ser complementado) em vários temas. Numa primeira auscultação geral dir-se-á que Each não desiludiu, um cenário que só lhe ajudará a colher frutos no futuro. Apesar de tudo, na festa de lançamento no Hard Club sentiu-se algum nervosismo do jovem MC (evidente sobretudo numa hesitação numa das letras), facto que não assombrou a sua boa prestação.
Tenho mais receio do medo do que daquilo que mete medo. Foi uma das novas tiradas retidas de Mundo, que se mantém (como seria de esperar) igual a si próprio, livre de qualquer tipo de apresentação. Das novas faixas destaque particular para a sarcástica “Isso é estúpido” e para “Beleza Interior” que toca na ferida de duas doenças crescentes em todo o Mundo (obesidade e anorexia), temas que, pessoalmente, não recordo terem sido abordados no rap nacional. Após a exposição da nova mixtape e da aceitação positiva da audiência, Mundo e Each despediram-se quando trouxeram a palco “Alucínio” (faixa da mixtape “2º Piso – 17 anos”).
Após a retirada da dupla portuguesa não tardou muito até Pharoahe Monch abrir a bagagem que trouxe de Nova Iorque. Antes disso, foi DJ Boogie Blind quem trouxe os primeiros laivos do talento americano, nomeadamente no que ao djing e turntablism diz respeito. De máscara na cara (fiel à capa do seu novo álbum), Pharoahe Monch surgiu com todo o gás desde o início perante toda uma sala que se incendiou ao mínimo “cheiro” de rap nova-iorquino. E Pharoahe bem cedo se mostrou deliciado com tamanho calor humano emanado pelos presentes (vindos de todo o país, diga-se). “Assassins” (do novo disco) e “Let’s Go” (do álbum “Desire”) foram os temas de uma abertura que prometeu desde logo um intenso espectáculo. Neste caso, pode-se dizer que a idade conta, e a experiência adquirida ao longo de uma carreira com mais de duas décadas reflecte-se na segurança e na normalidade com que Pharoahe contagia uma multidão.
Havia muito público juvenil na sala? Havia. Uma boa parte desconhecia os sons do americano (alguns só mesmo a “Simon Says” – ou talvez somente o get the fuck up)? Verdade. Mas convém dizer que muitos deles ficaram para conhecer as músicas de Pharoahe ou, quem sabe, somente para o dito get the fuck up. Mas ao contrário do que se sucedera com outros artistas estrangeiros que por aqui passaram noutras noites, a plateia era realmente numerosa e estava predisposta a engrandecer a festa. A forma como se viveu, por exemplo, a sequência “Fuck You“/“Desire” comprova isso mesmo. “Clap (One day)” é um dos melhores temas do álbum “W.A.R.” e ao vivo é verdadeiramente delicioso. Pharoahe Monch não trouxe nenhum MC de apoio, contando somente com o contributo de DJ Boogie Blind a partir da mesa dos pratos. Este disc-jockey do colectivo The X-Ecutioners (por onde passaram nomes como o falecido Roc Raida ou Rob Swift – que estará dia 10 no Hard Club com Dealema e Nach) teve, a certa altura, os holofotes virados unicamente para si, aproveitando para exibir todos os seus skills no turntablism. E que skills! Houve muita gente que ficou de boca e ouvidos bem abertos com o que ouviu!
Seguindo no repertório de Pharoahe, havia uma faixa, ou melhor, uma bomba prestes a rebentar no Hard Club, e por ela esperaram centenas de “suicidas” na sala 1. A expressão mais directa que se pode dar para tentar descrever o momento quando estourou “Simon Says” é que o fim do Mundo parecia ter sido antecipado para as primeiras horas do dia 6 de Novembro de 2011. Mas não, felizmente, até porque, surpreendentemente haveria mais música depois desse sonoro pesado do rap mundial que certamente deixou algumas mazelas em parte dos presentes. Já o emcee americano se despedira do público, e após uns minutos entregues a DJ Boogie Blind, Pharoahe regressa ao palco (quando já boa parte da audiência havia saído da sala convencida que a actuação tinha terminado) para encetar a sua tour europeia, precisamente na Cidade Invicta, com “The Light”, outro dos seus deliciosos clássicos. E de Pharoahe Monch foi tudo, e que tudo!
Para quem esperava voltar a sentir arrepios na pele com uma grande noite de Hip Hop isso voltou a acontecer, sem sombra de dúvidas. Casa cheia, amantes da cultura oriundos de todo o país, e artistas sérios e dedicados à sua arte. Mundo e Each aguçaram os ouvidos de quem os aprecia como dupla e corresponderam às expectativas, pese embora só terem actuado cerca de meia-hora, o que soube e saberá sempre a pouco. A expressão “monstro de palco” assenta que nem uma luva a Pharoahe Monch, e o americano pôde voltar ao seu país com a certeza que, pelo menos em Portugal (e certamente noutros cantos da Europa), arrecadou novos fãs. Ele e o seu compatriota, DJ Boogie Blind. Pharoahe Monch abriu, intermediou e fechou o seu show sem nada que se possa lamentar, a não ser a sua saída do palco...
Texto: Sempei
Fotos: Ana Mendes
sábado, 5 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Mundo Segundo & Each - Beleza Interior
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Urban Beat Battle na Antena3
A Urban Beat Battle vai ser o assunto principal do próximo "Rimas & Batidas", programa da Antena3 da autoria de Rui Miguel Abreu. Sintonizem nos vossos relógios à 1h da manhã do dia 7 de Novembro (de Domingo para Segunda-Feira) e fiquem a par de tudo sobre a UBB nesta emissão especial. Recorde-se que o evento realizar-se-á no dia 12 de Novembro, no MusicBox, em Lisboa. Os bilhetes já estão à venda e podem ser adquiridos no MusicBox; WeSC Chiado; Pavilhão Atlântico; Fnac; El Corte Inglês; Media Markt; Turismo de Lisboa; Agências ABEP e Alvalade; www.blueticket.pt. A Urban Beat Battle foi um dos eventos mais espectaculares de 2010 e neste ano de 2011 tem tudo para continuar a ser um marco, desta vez na Capital. O HIPHOPulsação apoia oficialmente a UBB e aconselha fortemente todos os que puderem a marcar presença no evento. Certamente que não se arrependerão!
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Rui Miguel Abreu,
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quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Desafio Headstart Records [Outubro] - Swing
O vencedor foi Swing, jovem produtor de 20 anos oriundo de Vialonga. Produtor há 5 anos está neste momento a trabalhar principalmente com Rost e Xksitu. Podem ouvir o trabalho do produtor em http://www.myspace.com/swinginstrumentais.
Continuem a enviar os beats para desafio@headstartrecords.com até dia 15 de cada mês e ganhem a oportunidade de aparecer no próximo vídeo.
Continuem a enviar os beats para desafio@headstartrecords.com até dia 15 de cada mês e ganhem a oportunidade de aparecer no próximo vídeo.
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