sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ekilibrio - "Mão na consciência"

Com trabalhos registados anteriormente (tais como "Alquimia Sonora" ou "Sentimento Puro"), Ghandim (MC que divide protagonismo com Royal Nigga como duo Punhos Cerrados) volta a disparar, desde Vila Real, novas rimas e novos beats. Agora como Ekilibrio, ao lado de Louco, mas sempre com uma equipa em comum: Brigada Real. Com produções instrumentais divididas entre Ghandim e MZ, conta ainda com Royal Nigga e o próprio MZ na lista de convidados vocais. "Mão na consciência" é o projecto e tem 13 faixas para consumo gratuito.

Saigon - You make me sick

AVC - "SóFaixas Vol.1"

Assim nos apresentamos, para quem nos conhece não será novidade, para quem não nos conhece será. AVC não é uma banda, não é um gang, não é nada, AVC é somente um grupo de amigos que por acaso também tenta fazer música.

Haka é AVC, Sarcasmo é AVC, Spasm é AVC, Profail é AVC.

AVC é o nome que tomámos como nosso, para que nos cartazes dos nossos concertos não aparecesse Haka + Sarcasmo + Spasm + Dj Profail.

AVC é tudo o que fazemos, e quando o fazemos vem para aqui, para o SóFaixas. Aos mais atentos não estamos a trazer nada de novo, e nada do que aqui está é novo, é renovado. Será sempre assim, sempre que reunirmos faixas para isso surgirá um novo volume do SóFaixas, porque isto não é um álbum, não é uma mixtape, não é novidade, são só faixas.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reportagem: 1ª "Hard Club Hip Hop Sessions" (22/10/2010)

Nos finais da década de 90 – considerada a época dourada do Hip Hop – surgia em Portugal a primeira versão das então denominadas “Nova Gaia Hip Hop Sessions”, muito graças à intervenção decisiva de Mundo Segundo (um dos grandes impulsionadores da cultura Hip Hop no nosso país). Ao longo de cerca de dez anos, o Hard Club foi um importante berço para inúmeros artistas, numa altura em que grande parte deles ainda gatinhava no rap. O espaço foi, com o passar do tempo, adquirindo o simbolismo de uma espécie de Meca do Hip Hop nacional situada a norte, numa época em que o Hip Hop português ia também ele ganhando notoriedade no panorama musical.

Porém, as festas que se tornaram míticas na promoção da cultura (até porque não só abrangiam o MC'ing, como também as restantes vertentes) teriam a sua última sessão em 2006. Desde aí, as “Nova Gaia Hip Hop Sessions” passaram a ter vida apenas na memória de todos aqueles que as testemunharam e que dificilmente esquecerão o fervor daquelas noites. O Hard Club, esse, por muito que aguardasse por novas edições, acabaria destruído (por razões que o tempo apagou) e abandonado, restando-lhe a bela paisagem do Rio Douro como consolo. Com o edifício não só se ruíram momentos históricos do Hip Hop português como também de outras faunas musicais, fruto do enorme ecletismo do espaço.

Na última sexta-feira, dia 22 de Outubro de 2010, o Hard Club voltou a abraçar uma "Hip Hop Session", não só refeito no nome das novas festas, como também na sua localização, que o dista das velhas instalações pouco mais de uma ponte. Gaia já faz parte do passado, tal como o Mercado Ferreira Borges, edifício histórico do Porto que mantinha as prácticas de animação cultural após o término do dito mercado e que continuará com os mesmos pretéritos agora como Hard Club. A mudança do espaço físico será mesmo a única alteração desejada, esperando-se que o HC marque as noites portuenses tal como marcou as de Gaia. Desejo esse que se estende, obviamente, ao Hip Hop, que até já teve a sua primeira grande festa há cerca de duas semanas, na memorável noite de sexta-feira, dia 8 de Outubro.

E que tal estrear o primeiro capítulo das "Hard Club Hip Hop Sessions" com velhos conhecidos dos antigos serões? Dito e feito. Body Rock Crew (DJ D-One, Deck'97 e Maze), M7, Barrako 27 (com DJ Guze), Sagas (com DJ Nel'Assassin) e Terrorismo Sónico (Mundo e Ex-Peão). Todos estes elementos conheceram de perto (uns mais que outros) o palco de Gaia, e todos eles esperariam, por certo, entrar com o pé direito na nova casa. Dito e feito, novamente. Na pista esteve ainda o colectivo de B-Boys Zoo Gang e, num palco exterior à sala, Mr.Dheo representou as cores do graffiti.

Com o despertar marcado para depois da meia-noite, a festa começou algo fria. Na tentativa de aquecer o ambiente, esteve o trio Body Rock Crew que, como vem sendo recorrente, foi chamado para agitar o início, os intervalos e o fim do espectáculo com as suas malhas carregadas do bom gosto que o caracteriza. Poucos eram os presentes no interior da sala 1 e já Mr.Dheo coloria no exterior três telas alinhadas para o efeito. Verdade seja dita: o primeiro impacto de quem entrava no edifício era da performance do writer de Gaia, no entanto, a mesma parecia simultaneamente algo distante da festa devido à localização do palco de actuação. Quem lá se dirigiu pôde atestar bem de perto um pouco da habilidade de um dos mais simbólicos writers de Portugal.

Com a sala principal ainda pouco povoada, os Body Rock Crew deixaram os pratos para DJ Nel'Assassin, que veio para acompanhar Sagas mas também para riscar discos a solo. Maze foi o host da noite, e foi ele a chamar M7 ao palco. Pode-se dizer que a actuação da MC foi mais do mesmo. E isso é mau? Não necessariamente. Com M7 esteve a companheira do costume (Capicua) e das colunas saíram os temas do costume, da mixtape do costume ("Martataca"). E porque é que a performance não foi aborrecida? Porque M7 não é aborrecida, tem tudo menos falta de força e genica, é capaz de atrair a atenção de uma sala inteira e revela boa escolha de instrumentais.

Foi com "Rainha" que se deu a primeira trinca nas palavras apimentadas de Marta Isabel a.k.a. M7. Se havia alguém na plateia que nunca tinha provado o sabor das suas rimas, por certo se alarmou num instante. Insurrecta como sempre, M7 não é mulher de falinhas mansas, bem pelo contrário, facto que pode agradar a gregos mas não a troianos. Já a colega Capicua é o oposto, o que acaba por servir como complemento. Mais cuidadosa naquilo que diz, Capicua também exibiu, por exemplo, a faixa "7 Dias", da sua mixtape "produzida" por DJ Premier. Numa actuação conjunta que teve os seus altos e baixos a nível de correspondência do público, M7 e Capicua contaram com DJ D-One nos pratos e acabaram em clima de festa ao som de "Ooh Wee" de Mark Ronson.

Intervalo no palco, início de show na pista. A plateia agita-se, forma num ápice uma roda onde os elementos do Zoo Gang se posicionam. Ao longo de largos minutos os B-Boys acariciaram o solo da forma menos ortodoxa possível, pois é daí que provém o espectáculo. Ao som de batidas que nos relegaram aos tempos primórdios do Hip Hop, a exibição de Zoo Gang foi um regalo nesta noite de cerimónia, embora a actuação não fosse visível a todos os presentes (só mesmo para quem cercou de perto a roda). Verdadeiro espírito de festa de Hip Hop! Seguiu-se Barrako 27, com Speg e seus tropas. À espera deles estava uma legião de adeptos que desde o primeiro minuto se fez ouvir na sala. Com uma entrada encenada com percussionistas e uma violinista, Barrako 27 partiu para um concerto emotivo e bem acolhido em grande parte da audiência, que, a esta altura, já ultrapassava a meia lotação (que ronda as 800 pessoas).

"De Cabeça Erguida" é um dos últimos trabalhos de Barrako, em parceria com DJ Guze, mas o alinhamento não se limitou ao EP, nem podia. "Abraço Forte" foi provavelmente a passagem mais sentida de todo o show, pois teve o condor de fazer Né descer do palco até junto dos seus seguidores e, rodeado dos mesmos, debitou as rimas dessa faixa incontornável do seu repertório. Nota para a interpretação do jovem Koffy Jr. (do colectivo trofense TRF) em "No Fundo (Do Túnel)" e para o êxtase e interacção constantes com o público em outras faixas como "Bla Bla Bla". Antes da retirada de Barrako 27, eis que dispara o som que todos aguardavam ouvir naquele preciso momento: "Saudoso Hard Club", pois claro. A plateia fez Né sentir-se verdadeiramente em casa, o que o deixou visivelmente feliz e emocionado e com o ego elevado. A prová-lo está a tirada a dada altura do concerto: "Depois de Dealema, eu fiz o melhor álbum português!".

De Carcavelos até à Invicta, Sagas veio trazer uma nova fragrância ao Hard Club, sem sotaque tripeiro mas com uma mistela de português e crioulo. Nada que fizesse confusão aos presentes. A sintonia entre o rapper e Nel'Assassin é evidente e reflecte-se na performance de ambos. Não foi um show só de Sagas mas também de DJ Assassino. Este último pôde dar a conhecer algumas malhas da mixtape "Mike Phelps" que, garantia do próprio, estará (finalmente) para sair em breve. Nela, o DJ e produtor irá revelar uma outra faceta: a de MC. Compelido por uma batida de Alchemist, Nel'Assassin rimou mesmo no Hard Club. O seu talento para as rimas pode ser imberbe mas nem isso o acanhou.

Sagas não trouxe alguns clássicos do seu primeiro álbum a solo, como "Anjo de Luz" ou "Quem És Tu?", mas também desvendou músicas novas. Uma delas, com base instrumental de DJ Ride, conta com um refrão que foi particularmente bem acolhido pelo público. Todo o concerto de Sagas foi pautado por uma animação constante, tendo o MC caído nas graças da plateia pela energia e boas vibrações disseminadas pelas suas canções. No rap de Sagas não mora a rima de teor sexual nem de estímulo à violência, reina antes a mensagem positiva e alegre. Mundo Segundo foi o convidado de honra de Sagas Demolidor para uma breve participação. Já o Sr. Alfaiate foi "obrigado" a participar numa batalha (aparentemente ensaiada) com o percussionista. Bom concerto de Sagas que atingiu um dos pontos altos com a malha "Som Pesado" (do álbum de Assassino "Reconstrução").

A última exibição da noite estava reservada para o duo Terrorismo Sónico. E Mundo e Ex-Peão conseguiram provocar o caos no Hard Club apesar do adiantado da hora e do previsível cansaço dos presentes. Cansaço? Puro engano! Os dois MC's dealemáticos gozam de uma popularidade e respeito na Invicta consolidados ao longo dos anos e, quer a solo, em duo ou em grupo como Dealema, contam sempre com uma fervorosa massa adepta na plateia. Esta tem as letras na ponta da língua e a empatia flui naturalmente. O primeiro álbum de Terrorismo Sónico, "1º Assalto", foi revisitado, mas também foi dado um cheirinho do seu sucessor, "Antes do Atentado". Os clássicos que marcam o repertório a solo de Mundo e Ex-Peão são sempre recebidos com grande impacto. "Pombas Brancas da Cidade" e "Real e Verdadeiro" de Ex-Peão ou "Puro Prazer" de Mundo, todas elas foram cantaloradas em uníssono. Especial foi o enlace de "Eles Andam Ao Cheiro" a meio do beat de "Bairro".

Por muito que se diga que o concerto foi inebriante, enérgico e empolgante, faltarão palavras para descrever a parte final do mesmo. Mundo e Ex-Peão tinham dado por terminado o alinhamento, mas a plateia não queria arredar pé do recinto, muito menos deixar de ouvir a dupla. Ora o desejo de um grupo de ferrenhos adeptos parecia só um: "Lei das Ruas". Desejo concedido, a música foi, não cantada, mas sim berrada a plenos pulmões: "Esta é a lei das ruas, filhos das p*tas!" Este ambiente escaldante deu azo a um endiabrado moche na frente do palco. E foi assim, em brasas, que terminaram as actuações. Daí em adiante a música voltou a rodar nos discos de Body Rock Crew.

Mais uma noite histórica no mês de Outubro que o Hard Club terá para contar mais tarde, isto precisamente quatro anos após o anúncio do encerramento do espaço de Gaia. As "Hip Hop Sessions" começaram oficialmente a agitar de novo a cidade do Porto e o Hip Hop nacional. Ao longo das próximas sessões é de aguardar o desfilar de novos e velhos talentos da nossa cultura, quer do MC'ing, DJ'ing, BBoy'ing ou do Graffiti. Zoo Gang e Mr.Dheo foram os primeiros representantes destas duas últimas vertentes. Body Rock Crew tomou conta dos pratos e dos momentos mortos da festa, que teve Maze como apresentador. Barrako 27 e Terrorismo Sónico foram os nomes mais aplaudidos da noite. Sagas teve uma actuação meritória e M7, apesar de não ter agarrado o público como os restantes, fez o que lhe competia. A sala 1 não esteve lotada mas contou com uma boa afluência. Ainda sem cartaz revelado, o próximo capítulo, diz-se, está para breve. As velhas festas no Hard Club estão mesmo para ficar.

sábado, 23 de outubro de 2010

30 de Novembro @Hard Club

Royce da 5'9"

Mundo e Fuse

Sir Scratch e Bob da Rage Sense

Kacetado

Berna

DJ Gijoe

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"Hard Club Hip Hop Sessions"

- Terrorismo Sónico (Mundo & Ex-Peão)

- Sagas e DJ Nelassassin

- Barrako 27

- Body Rock Crew (Deck97 + D.One + Maze)

- DJ Guze

- M7

- Mr.Dheo (graffiti)

- ZooGang (breakdance)

- host: Maze

Entrada: 10€

Das últimas "Hip Hop Sessions" (2006) no velho espaço, em Gaia:

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ripshop - "Hood Luv/Outta Jail"



Será um nome desconhecido para meio mundo, mas Ripshop entrou no jogo ainda na década de 90. "The Authenticity" é o seu mais recente álbum, numa aliança com o produtor Reel Drama. Recente é também o duplo vídeo para as faixas "Hood Luv" e "Outta Jail".

Rest In Peace, Eyedea!


"I Walked away, walked away, walked straight into heaven..."
(Eyedea a.k.a. Oliver Hart - "Step by Step")

O Queque Queres Queute Diga




Beat Flesha
Bass MCF
Misturado e Masterizado por Manuel San Payo

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Mixtape Praso "Otempo" Jones

Praso acaba de lançar uma mixtape totalmente gratuita no seu novíssimo site. Tive o prazer de fazer uma biografia deste rapper e produtor de Sines. Quem não conhecer Praso, tem aqui a chance de saber um pouco mais sobre o seu percurso artístico:

Em 1983, ano em que Michael Jackson apresenta “Billie Jean” e o famoso passo de dança Moonwalk, chora pela primeira vez de alegria neste mundo Daniel Jones. Vila Nova de Milfontes serviu-lhe de berço, de pátio para brincar e de escola para se tornar homem. Contemporaneamente, Daniel Jones é mais conhecido na pátria lusitana pelo pseudónimo de Praso, que usa para assinar as suas composições artísticas no seio do movimento e património cultural que é o Hip Hop.

Foram os pixels, que se vidraram na sua retina, e o banzé emitido pelas colunas da sua TV, que se infiltraram nos seus canais auditivos até lhe subirem ao cérebro, a destinarem-lhe a perda da virgindade com o Hip Hop, nos idos anos de 1990. Porém, como a MTV não era uma namorada confiável, Praso perdeu o interesse em continuar a vê-la e a ligar-se afectivamente a ela, mas manteve, contudo, as memórias das boas sensações que lhe havia causado. Ali, sentiu ineditamente o prazer que o Hip Hop pode pulsar na carne e no espírito. Dali para frente, não lhe bastava o hedonismo, Praso queria sentir o amor verdadeiro.

Se o Cupido nos acerta de forma fulgurante e quando não estamos à espera, o disco “Rapública” foi a flecha encharcada de vício que injectou as primeiras gotas de amor na corrente sanguínea de Praso. Seguiram-se as descobertas, o entendimento desse sentimento, a cada vez mais provável certeza de que o Hip Hop seria um amor para toda a vida. Um amor que ainda só lhe falava ao ouvido. Todavia, algures em 1997, apresentou-se a ele pessoalmente. Carlos Drummond de Andrade, escritor brasileiro, escreveu que se alguma vez na vida o nosso coração parar por instantes temos a prova de que contemplamos algo que amaremos. Assim foi com Praso, numa festa de escola, em que DJ’s, Writters, B-Boys e MC’s o fizeram deixar de viver por uns segundos elevando-o às nuvens para a consumação do pedido de permissão a Deus para verdadeiramente amar algo terreno. Feito, dito e consentido.

A avidez em alimentar o sentimento levou-o a forrar as paredes da sua casa com o som de Sam The Kid, 7PM, Guardiões do Subsolo, Dealema, Terrorismo Sónico... Percebeu que em qualquer lado se fazia Hip Hop, que qualquer um se podia unir a ele. Praso tinha as suas paixões, tinha os seus ídolos, tinha a sua afeição ao Hip Hop, que continuadamente explorava. No entanto, começou a sentir o apelo para viver a plenitude desse amor. Um impulso do ânimo levou-o a querer pegar na caneta, a querer ter batidas, a expressar a sua pessoalidade. Praso quis conhecer-se por inteiro através dum espelho que deixa sermos o que quisermos. Espelho esse o Hip Hop, pois claro.

Apetrechando-se de material e empolgado pela força que lhe atravessava todo o corpo, Praso meteu mãos-à-obra e foi esculpindo na imaginação aquilo que depois os nossos ouvidos sentiram. Em 2002, surge a maquete “Praso – Prelúdio”, que serviu de primeiro tubo de ensaio e um ano depois seguiram-se mais dois trabalhos no mesmo formato – “3D – 3D” e «Praso – Assistência Vol.1». Fazendo correr o seu nome e burilando as suas capacidades, iniciam-se os convites para integrar projectos alheios a nível nacional, a saber: “Compilação Alemdotejo”, com edição da Covil, “Música de Palavra” de DJ Gijoe, “Beats e Rimas”, colectânea de sons com selo da Chocolate Bars, e finalmente a compilação “De Norte a Sul do País”. Pelo meio, mais uma edição independente de Praso, o EP “Cofre Nocturno” com vinte temas feitos entre 2002 e 2004. A provar a independência, o poder de iniciativa e a capacidade de trabalho deste nómada que actualmente reside em Sines, 2007 conhece “Focus 360º”. Todavia, a obra-prima de Praso, aspirante a plantador de trevos de quatro folhas, é o seu disco “Alma&Perfil”, desvendado ao mundo em 2009 e de forma totalmente gratuita. Ali, tudo é uma harmoniosa composição de finas e clássicas linhas, vibrando de essência e elegância e emolduradas em vértices de profundo bom gosto. Nota para a apresentação deste álbum em Itália, num festival em Cantanzaro.

Se um guarda-redes atinge a maturidade para o desempenho da sua actividade aos trinta anos, Praso com mais jovialidade encaixa tipo Lego na parede de talentos do Hip Hop português. Com ele, não sentimos as “palavras gastas” como anunciava Eugénio de Andrade. A sua música, tal como a sua alma, tacteia-se, «sente-se como braille». É ponto de honra a criatividade, a consciência, a versatilidade nas valências de MC e produtor e o destemor por desafiar os seus próprios limites, baseado-se na firme convicção de que é urgente realizar o impossível. Obriga-se a satisfazer os sonhos que lhe são poeira no subconsciente mas que ele deseja transformar em matéria. Definitivamente, a sua história está longe de acabar. Tudo o que aqui não foi escrito, Praso encarregar-se-á de musicar. Para júbilo de todos aqueles que apreciam a qualidade do seu trabalho e que querem um Hip Hop português progressivamente mais saudável. A vida costuma dar muitas voltas e quem sabe se o próprio não encontra respostas e soluções para as perguntas que formula: «Deus, posso ser eu a julgar-Te?/ Por que é que não posso fazer da minha vida só arte?». Praso – eternizando a validade da cultura Hip Hop portuguesa.


BRS: Reportagem do dia 8 de Outubro no Hard Club



O final da semana passada foi pródigo em emoções fortes. Um dia após a disputa instrumental no Gare Clube, o Hard Club reclamou para si os holofotes... e justificou-os! Dos tripeiros Mau Feitio e Mundo Segundo (não esquecendo Body Rock Crew), aos norte-americanos Termanology e AZ, todos têm culpas no cartório pela noite quente do dia 8 de Outubro. Mais uma vez trazemos a reportagem até ao BRS, acessível pela ligação:

http://bloggersreignsupreme.blogspot.com/2010/10/reportagem-body-rock-crew-mau-feitio.html

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

BRS: Urban Beat Battle



Quinta-feira, 7 de Outubro de 2010. A data que eternizou a primeira edição (de muitas, é o que se espera) da Urban Beat Battle. Representando as cores do BRS fomos até ao Gare Club testemunhar 16 talentosos beatmakers que se gladiaram por uma oportunidade mais do que apetecível: assinar uma base instrumental para umas rimas de Valete.

A reportagem (a que se seguirão os vídeos) dessa noite encontra-se no BRS, na seguinte ligação:

http://bloggersreignsupreme.blogspot.com/2010/10/reportagem-urban-beat-battle-gare-clube.html

sábado, 9 de outubro de 2010

A noite de 8 de Outubro no Hard Club...

... foi memorável! Um cartaz excelente e um espaço fantástico para receber eventos eram atractivos suficientes para convencer os mais cépticos a sair de casa. Body Rock Crew, Mau Feitio, Mundo Segundo, Termanology e AZ no Hard Club, no Porto, ontem, proporcionaram momentos inesquecíveis. O mais brevemente possível publicaremos a reportagem deste acontecimento. Estejam atentos ao HIPHOPulsação e ao BRS.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O vencedor da Urban Beat Battle é...

... Cálculo! O barcelense foi o preferido do público na noite de ontem no Gare Clube, no Porto, e arrecadou assim o primeiro lugar no evento. Brevemente toda a reportagem da UBB, com fotos e vídeos, em www.bloggersreignsupreme.blogspot.com. Parabéns Cálculo! Parabéns a todos os que estiveram directamente envolvidos neste evento!

Até logo!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Concerto de Mind da Gap adiado

O concerto marcado para hoje, na iniciativa “24 Horas pelo Combate à Pobreza e à Exclusão Social”, que se iria realizar na Av. Dos aliados, com os Mind da Gap, foi adiado por motivos completamente alheios à banda e à organização.

Em nome dos Mind da Gap, as nossas desculpas.


Xinfrim

Emilio Rojas - Life Without Shame Artwork

Ras Kass - Scenario 2012 (vídeo)

Novo trabalho de Tay-ron em breve...

... com a chancela da Voicin Internacional.

Kumpania Algazarra - Donde La Vida Va (Sam The Kid Remix)

Espectacular remistura de Sam The Kid de uma das canções da Kumpania Algazarra. O vídeo é muito bom também.

Yaksha - No Banco dos Réus Intro



A editora GOV SOM apresenta mais um trabalho que conhecerá edição no dia 23 de Outubro. Trata-se de "No Banco dos Réus" de Yaksha. Este registo contará com as participações de Governo Sombra, Kron, Dom Rubirosa, Mohad Sabre, LTerrible, DJ Dizzy, SoundKillaz, NGA, Supremo G, Celso OPP, Dori Dogg, DK, Expoente Maximo, As Mentes, Massas, Soldado, Simple, DJ Yoke e MR. OG. As pré-encomendas poderão ser feitas através do seguinte e-mail: baimaloja@gmail.com

domingo, 3 de outubro de 2010

Que pinta!

Amanhã, véspera de feriado

Em Outubro os concertos voltam ao Carpe!

A primeira sessão é já dia 4 e apresenta os Mc´s Mundo e Ex-Peão de Dealema no seu projecto “ Terrorismo Sónico” a preparar o primeiro cd do projecto esta dupla proporciona ao Carpe a pré-escuta dos temas que provavelmente farão parte desse mesmo trabalho.

A primeira parte será de Abyss um Mc tirsense que tem mantido um trabalho regular e que apresenta no Carpe a sua MixTape Código Verm.

Apresentação do 2º álbum de originais "O Quarto da Música"

Influenciada pelas linhas fortes da Soul, R’n’B e do Funk, Sky é uma cantora e compositora portuguesa que procura incessantemente um lugar não comum na música nacional. A criatividade das suas letras e músicas, em conjunção com um forte carisma, transportam o ouvinte ao universo desta artista, que não deixa de sublinhar a força e independência da mulher do século XXI. Dia 6 de Setembro de 2010, lançou o seu segundo álbum de originais, de nome “O Quarto da Música”.

O Sucessor de “InSónia” composto por géneros musicais distintos entre si, pretende assumir-se como uma revolução na música portuguesa devido sobretudo à sua heterogeneidade de sons e ambientes trabalhados por cinco produtores das áreas Soul, R&B e Hip Hop (Begh, Raez, Chekmate, IVM, Karabinieri e Raze). Este disco conta ainda com a participação de cinco convidados, entre eles, Dama Bete, Dino, Damani Van Dunem, Supremo G, e Noura. Este concerto, na Tertúlia Castelense, contará com a presença da banda que acompanha a cantora, "The Diggin' Poets".

Não há uma sem duas nem duas sem três

Como o noticiário de sexta sobre a Monster Jinx se afigurou incompleto, nada como voltar ao abrigo mais monstruoso do rap indie nacional e resgatar de lá mais duas novidades.


Não é só a dupla NN (Nerve & Nexus) que se pode gabar de novo material sonoro. Também DJ Spark - o último humano a ficar sob as rédeas do Jinx, e que também gira discos numa Roulote - possui matéria prima ainda a ferver. "How Many of You" é o título da 8º faixa do álbum "Dichotomy", a ser descoberto em breve. Renato Martinho é o nome do primeiro convidado revelado.

Outra boa nova (que acaba por ser só meia novidade) é o anúncio oficial do DMC World DJ Championships 2010. Como se sabe, as aspirações portuguesas vão estar sobre DJ SlimCutz e Supa (DJ Núcleo e DJ X-Acto). O evento - que tem em cartaz três competições de DJing - terá lugar em Londres nos próximos dias 17 e 18 de Outubro. Como não poderia ser de outra forma, nós por cá desejamos que os tugas tragam o primeiro lugar para casa.

sábado, 2 de outubro de 2010

BRS: Roulote Rockers no Hard Club



Os suspeitos do costume - Druco e Sempei - marcaram presença ontem à noite no Hard Club para presenciarem o concerto de Roulote Rockers. A reportagem do evento encontra-se no Bloggers Reign Supreme. Sigam a seguinte ligação:

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Hoje Roulote Rockers no Hard Club

Hoje, Dia Mundial da Música, os Roulote Rockers actuam no novíssimo Hard Club pelas 22h30m. Serão eles os felizes contemplados na missão de representar pela primeira vez o rap português desde o ressurgimento daquele espaço portuense. Não há desculpas: a entrada é simbólica, custa somente 1€ (!) e a qualidade musical é uma garantia! Apareçam!

Novo blog: Bombos e Tarolas



Os dois organizadores da Urban Beat Battle, Reis e Fisko, acabam de criar um blog chamado Bombos e Tarolas. Lá podem encontrar um aperitivo americano daquilo que todos esperamos que seja a UBB, no Gare Clube (Porto), dia 7 de Outubro: um extraordinário evento. Acessem:

Nerve & Nexus



Novidade vinda do posto de transmissão da plataforma independente a qualquer independência, a Monster Jinx. Desta feita, a desculpa para esta nova causa concentra-se em "Mercúrio", o primeiro EP caligrafado por Nexus. Depois de ter manuseado o "Cubo de Rubik" para Nerve, o produtor conimbricense volta a fundir-se com o rapper de Abrantes, estilhaçando instrumentalmente o "Sr. Vidro" para o MC que não das palavras troca a ordem.

Neste Extended Play intrometeram-se alguns comparsas de Nexus, tais como, J.K., Pulso, Stray, DJ SlimCutz e Haka.

Novo vídeo arrancado d'"A essência"



Os Mind Da Gap mostram a partir de hoje, num exclusivo online da Antena 3, as imagens que acompanham o novo single do disco "A Essência". Depois de "Abre os Olhos", "A Essência" e "Não Pára", com Valete, os Mind Da Gap escolheram "Sintonia" para, mais uma vez, mostrar um som inspirado no passado e que celebra a vida do trio Ace, Presto e Serial.

Amanhã este vídeo terá a sua estreia em TV no programa Top + da RTP, depois do jornal da tarde

Ficha Técnica Vídeo “Sintonia”
Realizador: Luis Pedro Cardoso - Cimbalino Filmes
Filmagem e Fotografia: André Tentúgal
Produção: Cimbalino Filmes

SampleMania: LV Johnson - I Don't Really Care