segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Orelha Negra Mixtape

Na próxima quarta-feira, 2 de Março, a nova mixtape de Orelha Negra estará ao alcance de um clique. Nela constarão os temas do disco homónimo editado o ano passado, reinterpretados por um vasto leque de convidados: Valete, Mind da Gap, Nerve, Tiago Bettencourt, Lúcia Moniz, entre outros. Para já, a mixtape encontra-se para auscultação no site da Antena 3.

Tracklist:
1- "Since You've Been Gone / A Memória" feat. Orlando Santos
2- "Orelha" - Roulet Bootleg
3- "Tanto Tempo" feat. Tamin e Filipe Gonçalves
4- "M.I.R.I.A.M." - XEG feat. Hulda
5- "961919169" - Nerve
6- "Lord" - Os Tornados Version
7- "Blessed" - Dedy Dread & Mr Bird Remix
8- "M.I.R.I.A.M." - NBC
9- "Futurama" - Mind da Gap Remix
10- "Blessed (no matta)" feat. Junior Thomas
11- "M.I.R.I.A.M." - Conductor Remix feat. Tamin
12- "Tripical" feat. Lúcia Moniz
13- "Saudade" feat. Tiago Bettencourt
14- "A Melhor Rima de Sempre" - Valete
15- "We're Supafly" - Riot Remix
16- Vlihs

Sábado, 5 de Março @ Hard Club

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Orelha Negra & Vhils

Poesia Violenta

POESIA VIOLENTA
Batalhas de Rua Improviso à Luz da Lua

Poesia Violenta é um evento de Batalhas de Improviso, criado com a intenção de dinamizar a cultura Hip Hop, e é organizado pelo 2º Piso, Rey e RINGDINGDONG.

Regras de Batalha

1. Puro Improviso
2. Duas rondas para cada MC
3. Apenas violência verbal é permitida, qualquer tipo de violência física resulta em eliminação imediata
4. Todas as batalhas irão ser filmadas
5. Todas as batalhas irão ser publicadas no site do evento
6. A eliminação nas batalhas de rua é feita por escolha popular através de votação no site do evento
7. A eliminação nas batalhas no Porto Rio será feita por um júri composto por 1 B-boy, 1 Writer e 1 Dj
8. Traz skill prá batalha

Batalhas de Rua — 3 Sessões — 3 Spots PRT MTS GAIA — 4, 5 e 6 de Março

Batalha Final — Dia 19 no Porto Rio C/ concertos de Fuse e TRF — Dj Score e DJ Crava

Prémio 1º Lugar
Gravação de duas músicas no 2º PISO
1 Sweatshirt do REY
1 Casaco customizado da RINGDINGDONG

Os 4 finalistas ganham acesso a uma batalha em Lisboa, no Music Box, com 4 finalistas do Algarve.

As inscrições deverão ser feitas através deste email ou através de mensagem privada pelo facebook — todos os concorrentes devem indicar o seu nome e número de contacto. Inscrições limitadas.

+ info contacta por email violentapoesia@gmail.com ou facebook Poesia Violenta

Apresentação do álbum "Quartel 469"

Quartel 469 (formado por Relax, Zulu, Bellucci, DJ Flip e Rui) é um dos baluartes do rap barcelense que tem já em vista o lançamento do primeiro registo discográfico. A apresentação do mesmo será daqui por uma semana, no dia 4 de Março, no Vaticano Club. Da festa (apresentada por Né e animada por DJ Guze) constam ainda MC Zero, Zeca e Sonoplastia, todos eles artistas oriundos de Barcelos/Braga.

Os Quartel 469 irão dar a conhecer igualmente o seu disco no Porto-Rio, no dia 25 de Março, numa noite onde se irá celebrar os 10 anos de Barrako 27.

O primeiro tema extraído do álbum homónimo do colectivo dá pelo nome de "Não Precisamos".

Magistrado - ''Libertação Espiritual''

O álbum ''Libertação Espiritual'', de Magistrado (de Portugal), mostra a sua evolução como músico. Podemos encontrar uma mistura explosiva de sentimentos e palavras, que se cruzam gentilmente com uma sonoridade atraente e agradável providenciada por instrumentais sublimes, que nos levam numa viagem entre a Soul, o Rap e o Jazz. O disco teve a produção de um dos produtores mais conceituados do Hip-Hop Português, Kilu, o que ajudou a criar uma base ainda mais forte que sustenta este projecto. O álbum está à venda de forma independente e pode ser adquirido em qualquer país Lusófono. É só enviar um email para este endereço ou ligar para os números (+351) 967621342 / (+351) 911828965 e receberão todas as informações necessárias para poder comprar o álbum.

Para conhecerem melhor este projecto, decidimos disponibilizar um snipet para
download, onde podem ouvir um pequeno excerto de cada faixa.

Passatempo

Temos um passatempo para oferecer 5 álbuns. Basta para isso ouvirem a faixa em baixo, criar uma frase criativa e enviar para
este email. O passatempo dura até dia 7 de Março. As 5 frases mais originais ganham! Os vencedores serão contactados via email para receberem o prémio. Todos podem concorrer, em qualquer país Lusófono.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SimpLe - Dualidade Tridimensional EP (Apresentação)

Sempre que uma série televisiva agrada, tudo se faz para não se perder o episódio seguinte. A carreira de Simple não é curta, até podia dar já um filme, mas por ora vai-se fazendo em simbólicos fotogramas que futuramente constituirão uma grande película de sentimentos. “Um 1/7 Sétimo Mixtape” foi o primeiro capítulo da sua história, onde o herói se deu a conhecer, onde derramou sangue pelas suas paixões e exibiu nobreza de carácter na luta por um bem comum, de modo a cair no goto daqueles que virem nele um espelho. Com a paciência de um samurai, arquitectou um novo plano, conferiu estratégias, investigou no terreno, incorporou a minúcia dos mais exigentes, até à hora de atacar. Que é agora. Há quem esteja à espera dele há muito tempo, sabendo que ele vem aí com toda a sua força, com todas as armas e trazendo reforços. Mas esses não o temem, não se afligem, esperam o guerreiro de braços abertos. Não que especificamente SimpLe os venha salvar. Mas fundamentalmente rejubilam com o seu regresso porque sabem que SimpLe vem para fortalecê-los na luta, pois afinal estão todos na mesma rua, no mesmo campo de batalha. Eis SimpLe a delinear objectivos e caracterizando a sua mais recente missão:

"Dualidade Tridimensional alterna de uma forma sincopada entre a densidade lírica e uma insanidade temperada com lógica e carisma. Das metáforas subliminares à dinâmica instrumental, tudo se divide em dois produtores, LT e Kron (GovSom) e posteriormente é multiplicado por três… eu, eu mesmo e eu próprio.
Se procuras o convencional, convence-te e esquece…
Se procuras o irracional, raciocina e esquece…
Se procuras o que não encontras…saúdo-te, acabaste de o descobrir por ti, nunca te esqueças disso…
O fio condutor deste trabalho não é visível ao olho do comum mortal, contudo negar a sua existência é negar a minha própria pulsação, não a vês, não a sentes, mas ambos sabemos que existe…isso é Dualidade Tridimensional... SimpLe"

"Às 3 Pancadas" @ Vaticano Club, Barcelos (18/02/2011)

O HIPHOPulsação teve a honra de se associar e de se tornar patrocinador oficial do evento “Às 3 Pancadas”. A festa da 4º edição do evento decorreu na noite da última sexta-feira, dia 18 de Fevereiro, no Vaticano Club, em Barcelos, e teve como objectivo a apresentação de uma compilação, onde artistas do norte ao sul do país poderam mostrar o seu rap, depois de terem sido previamente seleccionados para integrarem o dito trabalho. Para abrilhantar o momento, o colectivo Sindicato Sonoro foi chamado para fechar a noite em beleza (até porque também incorporou uma faixa na compilação).

Para nós, a festa começou mais cedo. Amavelmente, a organização do “Às 3 Pancadas” convidou-nos para um convívio que aconteceu antes dos concertos, onde pudemos estar mais por dentro dos bastidores e pulsar o ambiente que normalmente ali se sente. A diversão é, sem dúvida, o prato principal. Não nos esqueçamos, todavia, de referir a simpatia dos donos do "Xispes", que nos brindaram com um saboroso jantar (um hábito da casa, segundo consta).

Com as forças retemperadas e com o ânimo em alta, depois dos bons momentos, era hora de ultimar os preparativos para os concertos. O Vaticano Club foi enchendo, DJ Guze foi sacudindo os presentes com uma selecção primorosa de rap de primeira água (foi assim também durante todas as pausas) e estavam todas as condições reunidas para uma noite agradável, longe da chuva que nos fez companhia durante todo o tempo, mas que ali ficou à porta naturalmente.

Type Z (Braga) e D2 (Barcelos) foram, mais uma vez, os apresentadores eleitos para esta empreitada sonora. Eles que fizeram questão de se alhear de qualquer género de animosidade entre o povo de Barcelos e o de Braga (isto porque surgiu aqui e ali um burburinho na plateia que incitava a essa possível rivalidade). Nem todos os elencados da compilação estavam presentes no Vaticano Club para actuar, mas ainda assim seriam muitos os que pisariam o palco, tendo oportunidade de exibir dois ou três sons de sua autoria. Depois de DJ Guze soltar a sua “Intro” a abrir os concertos, directamente de Ermesinde, apresentou-se Elite 4445 que se fez acompanhar por uma ruidosa trupe de fãs. Os dois jovens não temeram a responsabilidade e soltaram as línguas, que mormente se notavam afiadas, cuspindo refrões difíceis de esquecer: "Elite no teu deck, já sabes que promete (...)".

Obviamente que a terra que pariu o "Às 3 Pancadas" serve também de berço a jovens com vontade de singrar no rap. O duo Delimitação (Suiço & Miles) insere-se nessa nova escola barcelense e foi também um dos nomes que agarrou a oportunidade de desfilar nesta crescente montra de talentos chamada "Às 3 Pancadas". Contudo, na performance conjunta de Suiço e Miles sobressaiu sobretudo a tenra presença de ambos em palco, que, face à sua juventude, terão obviamente bastante tempo para a madurecer. O grupo O.D.E., constituido por D'elite, Oráculo e Dude, representando Vila Real, entregou-se ao público com uma energia notável, trazendo um ritmo muito funky àquela noite, num registo singular em relação a todos os outros participantes. A cargo de Oráculo, o breakdance não foi também esquecido.

O calor na sala aumentava e não havia tenções da temperatura descer. Até porque Cálculo colocava-se diante do público. Pé na porta, como se esperava! O barcelense, amparado pelo compatriota ET, apresentou o seu rap rasgadinho conjugado com a atitude extrovertida que se consolida a cada actuação sua. Desfilando inicialmente o single homónimo do seu primeiro trabalho discográfico ("Rimas Equacionadas"), Cálculo soltou igualmente aquele que é neste momento o tema mais conhecido de todo o seu repertório: "Bem-vindo à selva", obviamente. Intervalando o elenco da compilação, Zeca presenteou as hostes com uma sessão de improviso (com contribuição de Type Z e do beatbox de D2), ele que tem sido o nome maior dos Concursos de MC's do "Às 3 Pancadas" até agora disputados. Sam, PLH e CuSS só tocaram uma música ("Ponto de Vista") mas mesmo assim foi o suficiente para que os presentes fixem os seus nomes e o seu carisma (com PLH aparentemente mais retraído que os companheiros). Tempo ainda para Substanza mostrar o que valia. Apoiado por bons beats, o jovem começou muito titubeante, mas foi ganhando pulso com o passar do tempo.

Buli 2B, acompanhado por P1, teve uma agradável prestação. Companheiros de luta de outras noites, os dois MC's fizeram-se valer da garra e empatia que os une em sons tão quentes como "Sangue no Zoi". Destaque para o ressurgimento do colectivo luso-brasileiro Clandestino (formado por Jordan, Mokbuloso, Sudanes Raz e Tica) que promete vincar com maior solidez a presença do rap barcelense no panorama nacional, isto depois de uma pausa do grupo (embora mantivessem ligação com o Hip Hop por outros projectos).

Após o calcorrear pela compilação, o grande atractivo da noite estava à distância de uma meia dúzia de movimentos do ponteiro dos minutos do relógio. Mundo, Né e Berna, sempre acompanhados por DJ Guze, iriam dar início à actividade do Sindicato Sonoro. O trio partiu para Barcelos com o intuito de reinvidicar o seu som diante da plateia. A acção seria bem sucedida se atentarmos na reacção de todos. Trazendo à vida os sons do seu E.P. de 2006 “Tempo d’Antena” (e tirando as “teias de aranha”, como dizia Né), os três bravos sindicalistas apresentavam o seu manifesto. Com uma entrega assinalável, com a experiência e consciência do costume, Berna, Mundo e Né facilmente levaram a água ao seu moinho com as míticas canções que interpretaram, tais como "Abram Alas" ou "Estrutura". Com pouco material editado como grupo, Sindicato Sonoro encetou a festa com uma lufada de ar fresco a.k.a. um novo tema ("Sindicato Está de Volta"), composto propositadamente para a compilação. Foi entoando palavras como "Esta tropa nunca cai" que os três MC's fecharam com chave de ouro uma noite que se não foi perfeita, foi muito perto disso.

O evento “Às 3 Pancadas” soma novamente pontos a nível nacional pela sua iniciativa, dinamismo em prol do Hip Hop nacional e dedicação à causa. No Verão, em meados de Agosto, o festival está de volta, de novo no registo de concursos de MC & Beatbox e um rol de outras surpresas. Até lá, resta-nos desejar que a data chegue rápido e do HIPHOPulsação só temos a agradecer à organização por mais esta festa e pela forma impecável com que nos recebeu e tratou. Um grande bem-haja. E até breve!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Big L (15 de Fevereiro de 1999)


Big L Tribute 2011

18 de Fevereiro @ Vaticano Club, Barcelos

Apresentação da compilação, com a participação de grandes bandas nacionais
Mega concerto de Sindicato Sonoro (Mundo|Berna|Né)
Todo o evento será animado por DJ Guze (Dealema)
Presença dos vencedores da 3º Edição Concurso de MC & Beatbox| MC - Zeca| Beatbox - Beats
Apresentadores: D2 e Type Z
Muitas mais surpresas...

Abrem portas pelas 00h
Entrada do evento: 4€ c/ ofert. 1 bebida
6€ c/ compilação + ofert. 1 bebida

D-Mars - "Subterrânea Vol.1" (1999)

Editada há mais de uma década unicamente em formato de cassete pelas mãos de D-Mars, a compilação "Subterrânea" renasce agora digitalmente por iniciativa do próprio produtor/MC/DJ luso-croata. Aos instrumentais inteiramente produzidos por D-Mars juntaram-se grandes nomes do rap português que, à altura das gravações, mantinham uma carreira ainda algo imberbe, como eram os casos de Sam the Kid, Chullage ou Xeg. Esta é pois uma boa oportunidade para (voltar a) escutar alguns temas da velha escola nacional perdidos nos já longínquos anos 90.

Tracklist:
1- Xeg, Sam The Kid, NBC, Black Mastah, Ridículo, D-Mars, Vitoni - "Subterrânea"
2- Chullage - Resistência
3- Ridículo - It´s Ridiculous
4- Projecto Secreto (Xeg & Vinagre) - Directo
5- Sam The Kid - Autoavaliação
6- Xeg & D-Mars - O Jogo
7- DJ Kronic - Raska Style
8- Projecto Secreto (Xeg & Vinagre) - Mundo Adormecido
9- 6º Templo - Microfobia
10- Filhos De Um Deus Menor (NBC & Black Mastah) - Povo Em Busca De Um Milénio
11- Ridículo - Teoria da Conspiração
12- Chullage - Ciclo Infernal
13- 6º Templo - Eu Sou
14- D-Mars - Mano

Erykah Badu - Gone Baby, Don't Be Long (vídeo)

Governo Sombra - "Remixtape V.1"

Um leque de 14 remisturas de autoria de Kron, LT, Mohad Sabre, DarkSunn, Yaksha ou Taseh (entre outros) é o mote para a "Remixtape V.1" de Governo Sombra. O registo encontra-se hospedado e disponível para download gratuito no site do colectivo nortenho.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

domingo, 13 de fevereiro de 2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Red Bull Music Academy Porto Hub 2011(último dia)



Hoje à noite, no Indústria:
The Shine (Porto)
DâM-FunK (EUA)
DJ Ride (Lisboa)
|Maze e Capicua|

Os primeiros dias do evento:





M1 Klassy - "Remember The Days Of Old School"

M1 Klassy é um produtor proveniente de Marrocos que busca algum reconhecimento além fronteiras. "Remember The Days Of Old School" é uma mixtape por si artilhada que visa revisitar vários temas de alguns artistas históricos da denominada golden era do rap, concedendo-lhes uma nova roupagem (instrumentalmente falando), toda ela concebida pelo próprio M1 Klassy. Para breve a promessa de uma nova mixtape englobando artistas oriundos de vários países incluindo de Portugal.


Tracklist:
01- Intro (days of old school)
02-B.I.G - Skys the limit
03-Big L - On The Mic
04-Eazy-E - Real E
05-Guru - Just To Get A Rep
06-Eazy - E Sippin on a 40
07-Kool & Coke (Interlude)
08-Tupac - Um Dumpin
09-Big l (children of corn) - American dream
10-B.I.G - Suisidal thoughts
11-Big Pun - Off The Books
12-O.D.B - Shimmy Shimmy Ya
13-Outro
14-Teflon feat. M.O.P - Rawness



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Tyler the Creator - Yonkers



Primeira amostra do segundo disco ("Goblin") de Tyler the Creator, rapper oriundo de Los Angeles e membro do colectivo OFWGKTA(Odd Future Wolf Gang Kill Them All).

Projota - Projeção Pra Elas EP (download)

Projota, um dos meninos bonitos do rap brasileiro, tem um novo trabalho, disponível através de download gratuito. Trata-se de um EP - "Projeção Pra Elas" - em jeito de homenagem ao sexo feminino, mas onde está exposto igualmente o cunho lírico de Projota. É aproveitar para pegar esse EP grátis de alguém que está a cotar-se como um dos mais interessantes rappers de língua portuguesa.


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Fevereiro: mês de Jay Dilla!

Já se passaram cinco anos desde o desaparecimento do mais-que-lendário produtor/mc de Detroit, precisamente três dias depois do seu aniversário. Um pequeno documentário de cerca de 30 minutos intitulado "J.Dilla: Still Shining" faz questão de registar essa data (a do aniversário, não a da morte), trazendo novas imagens e testemunhos de gente próxima (e não só) de Jay Dilla.

Nas & Damian Marley - Patience (novo vídeo)

Lançamento DVD "Sobre Carris 3" @ Porto Rio

- Lançamento do Dvd de FYND "Sobre Carris 3"
- Apresentação do disco "Retratos" de Poeta de Rua
- Apresentação do álbum "Estilo Clandestino" dos espanhóis Mundo Malo
- Os Barraktivistas com o registo "Tripes á Moda do Porto"
- Dj Hipe e Dj Crava

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Compilação "Às 3 Pancadas"

Já foram escolhidos os 15 nomes que irão integrar a compilação "Às 3 Pancadas". Recorde-se que a mesma irá ser apresentada (e vendida) no próximo dia 18 de Fevereiro no Vaticano Club, em Barcelos.

Participantes seleccionados:

DJ Guze (intro)
Sindicato Sonoro
Xakal, Joana_Aleixo, Kosmo
Elite 4445
Delimitação
O.D.E.
AVC
Cálculo
Tribozoo
Sam, PLH e CuSS
Substanza
Ginja Man
Buli 2B
Xakal Da Gun
Clandestino
Big - Man
Wöyza

Apresentação: D2 e Type Z
Abertura de portas: 0h00
Preço Bilhete: 4€ c/ oferta 1 bebida
6€ c/ compilação + oferta 1 bebida

Cálculo @ Círculo Católico de Operários, Barcelos

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ex-Peão & Os Infiltrados, Gangrene @ Hard Club (04/02/2011)

Na primeira grande festa de Hip Hop do ano no Hard Club (a última havia sido em Dezembro, aquando da visita de M.O.P., entre outros) voltou a haver correria ao antigo Mercado Ferreira Borges, onde se perfilavam as performances de Ex-Peão & Os Infiltrados e o nome maior da noite Gangrene (que junta The Alchemist a Oh No). Os DJ´s para os tempos mortos foram, mais uma vez, D-One e SlimCutz. Ao contrário do que constava inicialmente do cartaz do evento (entretanto modificado), Rey, Rato54 e Ortega não pisaram o palco da maior sala do Hard Club.

Da abertura das portas até ao começo das actuações distaram mais de duas horas. Foi esse o tempo que durou o warm up da festa, altura em que DJ SlimCutz manuseou o aquecedor sonoro a.k.a. mesa dos pratos e bafejou pelas colunas um set por si delineado (com uma sequência de sons reconhecível de outras noites). Perto das duas e meia da manhã, com a casa já bem povoada (embora algo distante da lotação máxima), Mundo Segundo (o host da noite) fez uso da palavra para convocar Ex-Peão & Os Infiltrados. Havia alguma curiosidade à volta da exibição de Ex-Peão muito por culpa dos denominados "Os Infiltrados". Em palco dispuseram-se dois guitarristas, um baixista e um baterista, complementados por DJ Guze (Dealema). Na verdade, este é um registo ao qual Ex-Peão está acostumado, visto que, apesar de ser reconhecido como MC/produtor Dealemático, desde cedo se incorporou em grupos de rock/metal. Agora imagine-se o repertório de Ex-Peão derramado ao vivo por uma banda com forte tendência para o rock...

O primeiro tema a escutar-se foi "Máscara". Estava dado o mote para um espectáculo interessante de Ex-Peão, que fluiu naturalmente (foi visível o à vontade do portuense como vocalista do grupo) e com aparente agrado no público. Palpando faixas como "Real e Verdadeiro" ou "Pombas Brancas da Cidade", Ex-Peão teve em "Bairro" uma das passagens mais fervorosas do show. Fuse surgiu a certa altura em cena mas apenas para participar num único som ("Sente o Impacto"). A terminar, Ex-Peão arriscaria ainda uma incursão pela faixa "Expulso da Discoteca", do seu disco "Máscara". A performance do MC de Dealema não foi muito longa mas valeu por ter empregue uma sonoridade mais tocada, orgânica e crua nos seus sons. Fica a sugestão para que repita mais vezes este registo de live band.

Pausa nas actuações, DJ-One tomou de assalto a mesa dos discos e, à semelhança de SlimCutz, também ele se encarregou de manter a sala animada enquanto se aguardou a entrada de Alchemist e Oh No. Os dois MC's/produtores americanos avistaram-se pouco antes das quatro da matina quando surgiram de lanternas na mão, irrompendo pela escuridão que entretanto se instalara propositadamente no palco. Desde o primeiro minuto a dupla Gangrene primou por uma enorme comunicação com a plateia, com particular destaque para Alchemist, que se mostrou sempre mais interventivo e efusivo do que o irmão do lendário Madlib. Do alinhamento que apresentaram há muito para contar. Desde logo as faixas do disco que os trouxeram em tour pela Europa e consequentemente até ao Hard Club. De "Gutter Watter" realce-se a recepção calorosa ao single "Not High Enough" e a forte interpretação em temas como "From Another Orbit" ou "Take Drugs". Antes, já "Under Siege" (do segundo álbum de ALC) se escutara bem no começo do concerto.

Mas Alchemist e Oh No tinham muito mais para mostrar fora do âmbito de Gangrene. Alchemist, por exemplo, fez questão de invocar Evidence a partir do som "All Said & Done". Mais à frente, Jay Dilla também mereceria uma menção honrosa com uma sequência de instrumentais de sua autoria, entre os quais "Fuck The Police". Para além de se exercitarem no mic, Alchemist e Oh No partilham igualmente o gosto pela produção. Ora a certa altura desencadeou-se uma espécie de battle. O processo era simples e estava mais do que estudado: alternadamente, e a pedido de ambos, DJ Mishaps solta uma série de beats produzidos pelos dois. Oh No tinha em carteira temas de "Dr. No's Oxperiment", enquanto que ALC desembrulhou clássicos produzidos para Dilated Peoples, por exemplo. Se tivesse de se eleger um vencedor nessa batalha instrumental em termos de reacção no público ele teria sido, sem dúvida, Alchemist.

Todo o show foi pautado por uma atmosfera enérgica formidável, tendo ambos os MC's se esmerado por contagia-la a todos os presentes. Antes da retirada do palco, dois dos momentos altos da noite, na hora de se ouvirem dois dos temas que mais moldaram o sucesso de Alchemist em toda a sua carreira. Primeiro a grande malha que fabricou para Prodigy, "Keep It Thoro", que surgiu após vários gritos de "Free P" em uníssono. De seguida, "Hold You Down" (o maior hit da discografia pessoal do carismático produtor da Califórnia) incendiou completamente o Hard Club. Após uma breve saída de cena, Alchemist e Oh No regressaram para um encore esperado, trazendo mais algumas faixas como "So Fresh" (do projecto Step Brothers - parelha de ALC com Evidence) para gáudio da plateia. Não se estranhe que a maioria do concerto tenha sido dedicado ao material pertencente a Alchemist, visto que este tem mais anos de actividade do que Oh No. Nova fuga para o backstage... novo regresso. Desta vez, já com mais de metade do público na rua, Oh No ocupou o lugar de DJ enquanto que ALC, sozinho na frente do palco, se encarregou de manter as hostes despertas com mais uma panóplia de canções com o seu cunho pessoal ou de Oh No. Pouco depois retiraram-se em definitivo deixando DJ Mishaps dominar os pratos até às 6h00.

As noites de Hip Hop no Hard Club já (re)começaram a ser uma rotina saudável na Cidade Invicta. Na sexta-feira, dia 4 de Fevereiro, Ex-Peão começou por protagonizar um concerto diferente do habitual mas de longe satisfatório. Gangrene é um nome que pretende paulatinamente vincar uma posição no rap contemporâneo. Alchemist e Oh No serão mais reconhecidos pelo talento para os beats do que para os microfones, mas arriscaram surgir com um disco com parâmetros nem sempre fáceis de digerir. Talvez por isso (mas não só), a esmagadora maioria das pessoas que se deslocaram à sala 1 do Hard Club fê-lo com pretensões de ouvir os grandes sons da discografia de Alchemist (sobretudo) e de Oh No e não propriamente as músicas com a rubrica Gangrene. De qualquer maneira, no fim das contas, saldo extremamente positivo para todo o elenco desta noite fria de Fevereiro.

Um último apontamento para dizer que Alchemist & Oh No foram apenas mais dois nomes internacionais que ultimamente visitaram Portugal, e nomeadamente o Porto, pelas mãos da Versus Eventos, que se vem posicionando na vanguarda no que a grandes cartazes de Hip Hop diz respeito. O próximo evento desta promotora está selado para 5 de Março. E Alchemist tem já regresso previsto para este ano de 2011...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Stray - O Diabo

Confesso que não me causou tanto impacto como Monstro Robot, mas ainda assim "O Diabo" de Stray é um disco muito bom e com uma qualidade exemplar, desde o grafismo, o conceito, passando pelas letras, pelos beats, enfim, é um óptimo trabalho no seu conjunto. No cada vez menos interessante rap português, dá gosto ver (e ouvir) alguém a fazer não somente mais do mesmo mas preocupado em fazer arte, em trazer certos predicados para a sua música que lhe conferem esse estatuto. Estou sem tempo e sem motivação para fazer críticas, mas por pequeno que seja o apontamento, não podia deixar de publicitar este trabalho da Monster Jinx e dar os parabéns ao Stray por engrandecer, com este brilhantismo, o rap português. Bem-haja!

Hora de Mudança

(Este texto deveria ter saído aqui no dia 28 de Janeiro mas não sei o que se passou.)

Pois é, Cavaco Silva ganhou as eleições presidenciais à primeira volta e sucede a... Cavaco Silva! Anda toda uma juventude a perguntar-se como foi possível Cavaco ganhar de novo e andar há tantos anos na política depois do que tem feito...

A política no rap português nunca foi um dos temas dominantes. Com excepção de alguns excelentes exemplos (não vale a pena nomear pois todos sabem quem são) que tomam partido ou não se envergonham de manifestar as suas simpatias e influências políticas, são muito poucos os que abordam esta problemática. O que é uma pena, principalmente quando vemos na América – a nossa maior influência no rap, não é? – tantos rappers e grupos assumidamente empenhados em trazer à liça as suas preocupações e denúncias.

Eu penso que o aspecto essencial do rap português estar afastado das causas da coisa pública (Res Publica) se deve a questões de natureza cultural e mais particularmente a factores de maturidade. Apesar do tempo que levamos em democracia, apesar dos anos em que o rap vigora em Portugal, nunca fomos muito de ligar à política, o que revela a tal imaturidade porque o Homem é um ser político, desenvolve ideias, faz escolhas... A política é central nas nossas vidas, quer queiramos ou não, quer nos interesse ou não. Daí que eu considere importante que os rappers explorem ainda mais essa faceta, ainda para mais no contexto de crise social em que vivemos presentemente no país.

Tal como na canção de Bob da Rage Sense “Hora de Mudança”, que dá título a este texto, julgo ser da mais elementar importância que nos sintonizemos colectivamente para mudar o estado de coisas, independentemente das diferenças que possamos todos ter. Portugal não vai bem e sendo o Hip Hop, neste país, um movimento predominantemente feito por jovens, ou seja, serão eles o futuro desta nação, é bom que tratemos das diligências necessárias o quanto antes para em conjunto mudarmos para melhor. Esta é a minha última participação no WCW, com a rubrica “Beef is Dead”. O nome desta rubrica não poderia vir mais a propósito: acabem com as zangas dentro deste movimento e zanguem-se a sério com aqueles que realmente lixam a vossa vida! (Obrigado Mário pela oportunidade, muita sorte e felicidades com o teu projecto!).

AZ - The Calm

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

714 Hip Hop Session @ Pin Up Bar (28/01/2011)

A última sexta-feira, dia 28 de Janeiro, foi pródiga em festas de Hip Hop na zona do Porto. De facto, direccionado o radar para norte foram várias as direcções em que este apontou. Algumas delas: Porto Rio, Pin Up, Breyner85, Armazém do Chá, Mar Shopping... Com um leque de opções tão abrangente para uma noite só, e tendo em conta os cartazes de cada uma, era de prever que alguns eventos albergassem bem mais gente que outros. E aí era ponto assente que o barco ancorado na margem portuense do Rio Douro gozava de algum favoritismo, ou não tivesse Mundo Segundo como comandante (MC Zero e Wöyza como parceiros extra) e a apresentação oficial da sua nova mixtape como o grande chamariz do cartaz.

Mas se à beira-rio se aguardava o estrear de novos temas de Mundo, mais acima, na zona do Bolhão - no PinUp Bar, mais concretamente - engendrava-se as boas-vindas a Regula, que viu pela primeira vez a cidade do Porto abrir-lhe os braços para um concerto seu. Os padrinhos de Regula foram os elementos do colectivo 714, que tinham também em vista a apresentação do seu EP intitulado "Hipnose". Do cartaz constavam igualmente DJ Cyber e DJ Godzi.

E foi este último disck-jockey (que também se exercita no b-boying) que se encarregou de pôr as colunas a trabalhar, fazendo uso de um set onde abundaram malhas assinadas por DJ Premier, numa escolha segura e fiável para aquecimento de qualquer festa de Hip Hop. Enquanto DJ Godzi rodava os discos nos pratos o público ia obviamente chegando, mas a um ritmo muito vagaroso, diga-se. De facto, com a abertura de portas marcada para as 23h, o preenchimento da sala deu-se a uma velocidade bastante lenta e só a partir da uma da manhã é que se começou a ter noção de uma razoável concentração de gente no espaço.

As actuações arrancaram perto da 1h30, mas ao contrário do esperado, o cabeça de cartaz da noite foi o primeiro a exibir-se. Chamado por Danilo (do grupo 714), Regula entrou discretamente no palco, pegou no mic e deu início a uma performance intensa mas que pecou por ser algo curta. Visivelmente satisfeito por estar na Cidade Invicta, Bellini a.k.a. Regula deu o mote com "+ Uma Vez" e desde logo foi bafejado com o calor que provinha da multidão. Na mesa dos pratos instalou-se um dos convidados surpresa: DJ Kronic. Do alinhamento surgiram os temas que fizeram de Regula um dos nomes mais pesados do rap underground nacional. Sem grandes descansos, Bellini revisitou os seus dois álbuns e, claro está, os dois volumes da série em formato mixtape "Kara Davis".

Carismático e descontraído, o rapper oriundo do Catujal só oscilou a dada altura quando falhou numa letra, mesmo assim, desculpou-se partindo para uma acappela cheia de rimas e flow ao melhor estilo de Regulation. Escusado será dizer que o perdão surgiu em forma de aplausos. A actuação prosseguiu com passagens por malhas tão quentes como "Cake" ou a faixa que pôs Regula a cuspir em cima do famoso beat de "A Milli". Por outro lado, alguns dos sons mais reconhecidos - como "Especial"(o seu single mais rodado nos media) ou "Rewind" - não se ouviram no Pin Up. O facto de Regula não ter completado sequer uma hora em palco fez com deixasse um certo sabor agridoce em quem aguardou tantos anos para o ver e ouvir ao vivo e a cores.

Com os ponteiros do relógio a rondar as duas e meia da manhã, o colectivo da casa apoderou-se dos microfones e consequentemente do palco. 714 é o número de eleição de uma crew que se estende por várias vertentes, como o graffiti e o rap. Neste último caso, Danilo, Roke e Stag são os elementos representantes do grupo portuense. Estimulados pelos seguidores que se instalaram na frente do palco, os três MC's partiram para uma performance regular, de onde extraíram um evidente gozo e satisfação. É certo que o público esvaziou bastante o recinto, mas o jovem trio não se mostrou incomodado com a debandada. Tendo como "desculpa" o EP "Hipnose", os 714 desfilaram sons como "Monstro das Bolachas", onde se revelaram rebeldes e seguros de mic na mão e, apesar da fragilidade de algumas letras, com um flow consistente e maduro. Como prova do carácter multifacetado do colectivo, ainda guardaram alguns minutos para uma sessão de beatbox e improviso.

Em suma, foi uma noite que valeu pela oportunidade de testemunhar in loco, e pela primeira vez no Porto, um show de Regula, que se fez valer de uma entrega inatacável ao longo de todos os cartuchos sonoros que disparou sucessivamente durante cerca de 45 minutos (que, apesar de tudo, souberam a pouco). O colectivo 714 não esteve abaixo do MC lisboeta a nível de entrega e disposição em palco, mas saiu claramente penalizado por actuar depois de Regula. Por imposição deste último ou por opção da organização, a verdade é que é pouco usual a grande atracção do espectáculo surgir a abrir o mesmo. Nota positiva em termos de adesão do público, apesar da forte concorrência à mesma hora noutras paragens. Uma última palavra de incentivo e agradecimento aos jovens da crew 714 pela organização e pelo poder de iniciativa que perpassaram.