quinta-feira, 29 de abril de 2010

Expensive Soul - O amor é mágico



"Utopia" é o novo trabalho dos Expensive Soul e tem edição marcada para 17 de Maio. Pela amostra do single de avanço - "O amor é mágico" - o disco irá reger-se pelas sonoridades dos primeiros registos, que se incidiram na Soul, no Funk e também no Hip Hop. New Max revela-se mais uma vez na produção dos instrumentais. A dupla leceira irá subir a um dos palcos do Rock In Rio.

http://www.myspace.com/expensivesoul

http://www.expensivesoul.com/

terça-feira, 27 de abril de 2010

Caso Snake

Há novos desenvolvimentos sobre a fatídica morte do rapper Snake. Após a autópsia e efectuada uma investigação ao caso, chegaram-se a algumas conclusões que inocentam o falecido Snake. Para mais pormenores, visitem o blog do Madkutz:

MK - Movimento Alternativo



"Identidade" é o nome da mixtape de MK a.k.a Nocivo, a ser apresentada no próximo mês de Maio. X-Acto, Sakid, C-4, B-Fatz, Xksitu e Ana Andrade são os nomes nacionais convidados. Roddy (Brasil) Mocaskai (França), Mandamás (Espanha) e Prince Simon & Kirby (Caraíbas) constituem o leque internacional.

O vídeo acima representa o single "Movimento Alternativo".

http://www.myspace.com/mkakanocivo

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Mind da Gap - A Essência (crítica)

Mind da Gap está de volta às lides discográficas com o álbum “A Essência”, que tem etiqueta da Meifumado e conta ainda com o apoio da Antena3. É o regresso de uma das bandas históricas do rap português que, ao longo do tempo, muito tem ajudado a alicerçar a cultura Hip Hop no nosso território. Ace, Presto e Serial continuam determinados em fazer viver saudavelmente a cultura que representam. “A Essência” é a prova disso.

O disco inicia com o tema “Só Pra Ti” dedicado àqueles que se sintonizam, tal como Mind da Gap, no modo alternativo, já que é aí que encontram um significado real para as suas vidas. Segundo o grupo, a felicidade brota de se ser original, de se escolher a direcção e de se ter a coragem de se lhe manter fiel. Serial brinda-nos com uma deliciosa ambiência capaz de nos fazer furar as nuvens e de nos colocar no pico de uma estrela.

Se o Hip Hop é um movimento, então este “Não Pára”. Celebra-se aqui a cultura e realça-se a sua vitalidade e solidez, devido aos muitos guerreiros que lutam por ela e que honradamente a defendem. Em todos os elementos, ainda há muito para criar e por explorar. A missão está traçada e o troféu é a evolução. A participação de Valete, nesta faixa, transforma-a num autêntico morteiro para os odiosos do Hip Hop. Na verdade, Valete acentua a grande ironia e a factual mudança que ocorreu na sociedade portuguesa e que se verifica igualmente no Hip Hop, nomeadamente na forma de ver o movimento e nos preconceitos que foram desfeitos. As palavras de Ace, Presto e Valete, com o auxílio de Serial na MPC, rebentam com qualquer barreira que possa ser colocada ao Hip Hop!

Fica claro que o movimento é um amor de todos os dias. Mas a própria vida também o é. Isso mesmo está explícito no tema “Carpe Diem”, em que se assinala que cada momento nesta Terra deve ser sagrado. Para que vingue a aura celestial, a cabeça é nevrálgica nesse processo, é mesmo a melhor máquina há no mundo. É ela que nos deve impelir para a acção porque o tempo não tem paciência para aguardar por ninguém. Sem dúvida que o trio cultiva em si a inflamação da alma!

Modo de vida, missão em acção... “O Eremita” em plena labuta. Ace empreende uma análise às vicissitudes do escritor de versos, aludindo naturalmente ao elogio do poeta. O entrelaçar de dedos entre os artesãos de rimas e o público pode ser entendido como uma espécie de comemoração espiritual que se reveste do maior simbolismo e da maior solenidade. A batida proveniente das mãos pensantes de Serial é linda, o que faz resplandecer ainda mais esta malha. A vibração conscienciosa indica-nos que o poeta é um ser diferente, especial, sendo prendado com a graça dos deuses.

“Todos os Dias” é uma viagem pelo ritual humano. As dicotomias que nos assaltam, a visão da inesgotável roda do mundo que não pára, o pessimismo que vaza os corações e que fica a comandar as pessoas. Sobre um calmo instrumental, Ace e Presto debitam os seus pensamentos, frisando com maior impacto a exigência para as pessoas colocarem em prática o seu juízo crítico.

O confessionário perfeito afinal não está nas igrejas. Não só para exorcizar fantasmas, aliviar as consciências pelo pecado materializado ou encontrar a paz interior, a música é a via mais directa para falar com Deus. Neste caso, em Mind da Gap, para falar com a deusa. No fundo, esta canção proclama a “Sintonia”, a soma de todos os pedacinhos valorosos, que unidos perfazem um grande bom. Tudo isto explanado em mais uma batida de Serial que nos faz andar em órbita pela galáxia. Demais!

Porque é difícil esquecer quem nos esquece, Mind da Gap aponta o dedo e fala olhos nos olhos a quem promove a futilidade social, ao invés de valorizar quem, de facto, merece. Todavia, o tempo – o grande juiz que decide quem ficará para a posteridade – encarregar-se-á de separar o trigo do joio. “Votados ao Esquecimento” acentua também a mais-valia em se ser politicamente incorrecto em detrimento do ser-se hipócrita e cínico no formalismo pindérico do «sim, senhor».

Na senda dos sons mais introspectivos de MDG surge «Como Conseguem?». Ace e Presto parecem empoleirar-se numa das galerias da Assembleia da República e do alto da sua razão reprovam a falta de decoro de alguns políticos. O questionamento da falta de ética e de consciência são dois cartões vermelhos firmemente exibidos à classe política que, neste tema, fica verdadeiramente com as orelhas a arder!

Mas como a vida não são só chatices, é sempre bom tornear o colapso cerebral através do prazer. “Faço a Festa” é uma demanda do corpo e é um implícito lema de Mind da Gap em concertos. Eles fazem a comemoração em palco como se não houvesse amanhã. Ressuscitada a mente e retemperado o corpo, estão reunidas as condições para penetrarmos fundo no interior do coração. A propriedade mais latente, o sumo mais vitamínico, a dose de morfina mais forte que podemos receber: o amor – traduzido como “A Essência”. Com a participação especial de Maze e com mais um brilhante diamante polido por Serial, esta canção exalta os benefícios da melhor coisa do mundo que é capaz de funcionar como um bálsamo para o espírito, uma fonte de energia, o melhor combustível para a vida. «O amor é livre, essencial»!

A temática revolucionária continua saliente no discurso dos rimadores. “Não Me Habituo” é o repto para a revolta, para a (re)acção, rumo à evolução. Serial demonstra também que não se resigna com batidas de baixo nível e apresenta nova bomba sonora, na qual os rappers se mostram inconformados perante várias situações da vida. Pela via do activismo mais radical, Mind da Gap mostra novamente a sua fibra e a sua pujança. Intitulando-se “Guerreiros”, marcam no éter a sua posição e mostram sedução pelo poder da luta. Em síntese, artistas destemidos pois contam com a melhor das armas: a música.

“Marcas”, que fecha este disco de Mind da Gap, conta com um sample fantástico que muitos reconhecerão duma canção clássica das rimas e batidas portuguesas. Trabalhando naturalmente o sample à sua maneira, imprimindo-lhe o seu cunho pessoal, Serial engendra um instrumental com o poder de fazer levitar uma bigorna. Os rappers cristalizam no beat a retrospectiva do caminho que tomaram desde há 17 anos. Com frontalidade, pureza e realidade, ouvimos o rabiscar da cosmologia de Mind da Gap, sustentada na complementaridade entre as três individualidades que compõem o colectivo. Um som que fecha em beleza o álbum.

Concluído o périplo por “A Essência”, apraz referir o grande regresso de Mind da Gap. Fiéis a si próprios, espalhando o amor pela cultura Hip Hop, trazendo rimas e batidas de excelente qualidade, o trio pode almejar o melhor dos acolhimentos por parte dos ouvintes. “A Essência” é mais uma demonstração da maturidade artística do trio e consequentemente é mais um álbum que ajudará o rap português a atingir uma maior projecção. Num outro plano, o título deste disco e todo o design fazem igualmente emergir uma ideia de infindável dedicação e amor ao Hip Hop português, por parte de MDG, independentemente do que o futuro possa reservar. Afinal o Hip Hop será sempre um universo com uma esquina por encontrar, com um caminho por mapear, com uma luz por admirar. Serial, Ace e Presto voltam em excelente forma, reforçando a sua condição de guardiões da essência do Hip Hop português.

Nas & Damian Marley - As We Enter



Primeiro single da nova parelha Nas/Damian Marley intitulado "As We Enter". O álbum "Distant Relatives", que tem gerado enorme expectativa há um tempo para cá, sai finalmente a 18 de Maio. Nele são esperados contributos de K'naan, Stephen Marley e Joss Stone, entre outros.

domingo, 25 de abril de 2010

Kooltuga - Fresco (download)

Mais um trabalho de Kooltuga a celebrar a especial data de 25 de Abril. Não percam a oportunidade de ouvir à borla mais uma retroescavação de Kooltuga, numa superior mostra de valorização da música nacional e da própria portugalidade. De ouvidos colados no passado para se escutar mais nitidamente o futuro:

Live On Stage Vol. 2 (download)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Música e Revolução - Casa da Música

Em estreia absoluta para a Casa da Música, o novo projecto de Tiago Pereira mistura técnicas de documentário com vídeo e áudio manipulados em tempo real. O realizador e visualista recolheu aspectos da paisagem sonora da Revolução de Abril, actualizando as suas repercussões nas gerações seguintes.
Depois da esplêndida actuação com a Orquestra Nacional do Porto, em 2009, NBC regressa à Casa da Música para celebrar o 25 de Abril com o seu rap eloquente e a sua voz melódica.
Pelo meio haverá disparos de sons revolucionários a cargo de Kooltuga, na apresentação nacional do seu novo trabalho "Fresco", mestre do HipHop verdadeiramente Português...

Kooltuga - Apresentação do novo trabalho "Fresco"
(animação musical/revolucionária durante o evento)

1ª Parte
TIAGO PEREIRA - Fireworks

2ª Parte
NBC e os Funks - A Força das Palavras

Sábado, 24 de Abril de 2010
Início: 23h
Preço: 5€

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mixtape "Live On Stage Vol.2"

Cerca de meio ano após a primeira difusão ilegal do projecto "Live On Stage", eis que os mentores da Ilegal Promo voltam à carga nos próximos dias com um segundo volume, apadrinhado, mais uma vez, por Supremo G. Neste segundo capítulo, JêPê surge como cabeça de cartaz, ao lado dos DJ's Sir e Deeflow. Jimmy P. e Vasco têm também presença assegurada, num registo com 10 novas faixas e 2 remisturas de dois temas do volume 1.

O dia oficial da disseminação está marcado para a próxima segunda-feira, dia 26 de Abril, quando a mixtape for colocada à disposição de todos os ouvintes de forma gratuita nos seguintes myspaces:

terça-feira, 20 de abril de 2010

Little Brother - Curtain Call



Primeiro vídeo do último disco de Little Brother, à venda a partir de hoje. O duo (outrora trio) despede-se com "Leftback" depois de oito anos de actividade conjunta, ficando-se pelos quatro álbuns, um ep e várias mixtapes.

Neste derradeiro trabalho de Rapper Big Pooh e Phonte pode-se contar com as presenças de Torae, Bilal, Carlitta Durand ou Khrysis. Este último produziu inclusive o single acima descrito em video.

Inicia-se assim o último capítulo de um dos grupos emblemáticos do novo milénio.

Guru: 17 de Julho 1966 - 19 de Abril 2010

Depois de várias semanas a batalhar contra a doença que o atirou para uma cama de hospital, a luta (e a vida) de Guru findou ontem, dia 19 de Abril de 2010. Não há muitas palavras que consigam descrever o sentimento de perda deste gigante do Hip Hop. Rest in peace!

Pré-escuta de "A Essência" de Mind da Gap

No myspace do trio portuense, já podem sentir o sabor do novo álbum de Mind da Gap "A Essência". Mexam esses dedos, aperaltem os ouvidos e cliquem na seguinte ligação (a seguir é só desfrutar!):

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Rewind: "Chase the Clouds Away"



Evidence e The Alchemist, uma dupla que não cansa o bom rap. O som acima foi uma das malhas que integraram "The Weatherman LP", registo a solo de Mr. Slow Flow, datado de 2007. Um rewind recomendável para dias de céu aberto, nublado ou para aqueles dias de... porque sim.

NBC estreia videoclip na Benfica TV

Timóteo Santos a.k.a NBC vai dar a conhecer um novo vídeo (previsivelmente de mais uma faixa do seu último trabalho) no canal oficial do Sport Lisboa e Benfica (clube pela qual nutre simpatia). O acontecimento ocorrerá em exclusivo para o programa "Os Gloriosos" no próximo dia 30 de Abril, pelas 18h30.

domingo, 18 de abril de 2010

Praso - Alma&Perfil (crítica)

“Alma&Perfil” de Praso saiu em 2009 e foi justamente considerado por mim aqui no HIPHOPulsação como uma das pérolas do ano do rap nacional. Na verdade, já faz tempo que queria dedicar umas palavras a este trabalho mas a oportunidade não surgia. Hora agora de me vingar e de pagar esta dívida a mim próprio, justificando o porquê deste álbum de Praso ser um extraordinário trabalho. “Alma&Perfil” merece muito mais reconhecimento e atenção por parte dos ouvintes! Ponham-se à escuta!

Mas então o que faz deste disco do rapper de Sines algo tão especial? Bem, as excelentes rimas e os magistrais instrumentais! “Achas pouco?”, questiona Praso na «Intro» e eu sublinho esse paradigma. São raras as vezes em que batidas e letras encaixam tão bem, em que não há uma superioridade dumas sobre as outras. Nos tempos que correm, não nos podemos dar ao luxo de ignorar as palavras de alguém com o perfil e a alma de Praso: “Despejo a minha voz neste rap até ficar rouco/ E se não receber nenhum troco eu não me importo/ Porque o movimento está a ficar oco”. Hiphoppers, embora contrariar a sina vaticinada pelo rapper, de acordo?

O Bilhete de Identidade de Praso está plasmado na faixa “1,86 do céu”, que conta com um viciante instrumental. O refrão é muito bom e acentua o carácter artístico e conscencioso dele: «Prefiro morrer e renascer de novo/ Reinventar-me porque o que eu oiço já houve/ Mantenho os pés assentes no chão / Apesar de estar a 1,86m do céu». Progressiva inventividade enquanto fabricante de arte e realismo e pragmatismo na análise da sua situação. Mas acção é quem mais ordena e mesmo que a vida seja mesquinha, mais vale “sentir dor do que não sentir nada”.

O ruído sinistro da espectacular batida de “Palavras a mais” com a adição das rimas aqui expostas convencem-nos, logo ao terceiro tema, da grande capacidade artística e intelectual de Praso: “E sigo sem caminhos fáceis não tenho pressa/ O trajecto está minado de falsas promessas/ Porque muitas palavras são ditas à toa/ Jogadas como bombas a ver quem se magoa”. Quando as palavras não estão gastas, elas podem ser um sabre afiado.

Traçado o perfil acima, pelo próprio, tacteia-se, ainda por cortesia do mesmo, o seu interior: «A minha alma não se vê/ Sente-se como braille». Esta situação aplica-se igualmente ao instrumental “Blue”. Sem rimas, é a música a falar, a envolver-nos no seu sabor delicado e inspirador, deitando-nos no divã de olhos fechados a relaxar. Mais uma óptima batida de Praso!

«Dizem que não há saída» mas instrumentais e rimas desta envergadura terão obrigatoriamente que desaguar nos ouvidos das pessoas! Sem querer ser repetitivo, a batida merece uma copiosa salva de palmas e as rimas estão no ponto. Foco para o entupimento social: “Essa geração açucarada/ Que não percebe nada, não ensina nada/ Vão contagiando com esses diabetes cerebrais”; para o congestionamento do desenvolvimento humano: «Eles dizem que não há saída/ Mas pedem-te cheques para curar a SIDA»; e para a embolia mental: Porque quando não se persegue o que se ama/ Só o VISA é que desliza/ E a kiza é que lhe excita as mamas.

E que tal seria se o azar tivesse amnésia? Praso agradecia certamente: “Este jogo da vida não me deixa plantar o trevo/ E se a minha mãe não reza e a sorte me despreza/ Eu só espero que o azar me esqueça”. Ora nem mais. Se o azar nos esquecesse a todos, isso é que era bom! «Tenho o azar do meu lado/ E a sorte como embaraço». Já somos dois, Praso, já somos dois... Como homenagem ou forma de incentivar o azar a perder a memória de modo a não chatear quem quer casar-se com a sorte, Praso ensaiou um bom plano: o de fazer um instrumental de nome “Esquecimento” a ver se o azar se rende. Pelo resultado, pode ser que Praso tenha sorte e que o azar goste... E o esqueça. Ao Praso, entenda-se. É que quanto ao instrumental, esqueçam, eles é bom demais para ser ignorado.

“Últimas rimas” é, ao contrário do que se possa pensar, uma loa à criatividade, à reinvenção, à urgência de se fazer o impossível. A fina musicalidade acrescida à voz de Betty no refrão catapultam este som para os principais destaques do disco. E por estar a tocar em assuntos quentes, o que dizer do escaldante “QualquerCoisa e Um pouco DeJazz”? Erotismo, licores a escorrer por lábios, relax intenso, suscitado pelo piano e pela sensualidade que brota de cada poro desta canção. Muito bom!

“Naquele hotel” nada podia correr bem (com excepção para a perícia exibida na feitura do som, claro!) até porque se «os ponteiros encravam no relógio» o resto não haveria de ter um bom fim. Se o saxofone está triste, carpindo mágoas, imagine-se o autor do tema. Adeus mau karma, vamos dar a volta ao texto e imaginar “Se este amor fosse errado”. O lindo instrumental é enriquecido com um delicioso sample de voz e são os violinos a embalar a história. Tudo o que se faz por amor é justificável, só não se toleram é atrasos!

«Eu vou sozinho à procura do horizonte”, é a mensagem que Praso perpassa em “Ponto de fuga (got to move on)”. O desligar do mundo, a valorização de nós mesmos, o poder da superação que todos os dias temos de pôr em funcionamento. Falharemos mais do que acertaremos mas isso é “Sem ressentimentos”. Porque no meio das falhas há coisas lindas que são criadas, formas que resultam. Esse instrumental é magnífico pela liberdade que emana, por recordar o mar, a infinitude do céu, por originar sorrisos, inspirar graças ou, quiçá, por nos fazer suspirar pelo eterno recomeço na busca da alma gémea.

Quantos motivos arranjamos ao longo da vida para viver? Muitos certamente. Mas e se não encontrarmos o verdadeiro sentido, se nos for negado ou adiado? Difícil viver assim. «Fico como sou» é um tema que conta com um sample do tema “Carta Para Ti” de Madredeus e que aborda temáticas como a indefinição, a autenticidade e todas as dúvidas relativas à formação do indivíduo.

“E porque não” mais um instrumental à Praso?! Excelente! Vagabundeia-se aqui pelos rituais do amor à música, do pagamento ao artista, serpenteia-se pelo progresso artístico e pessoal, concluindo-se que o sucesso individual dos artistas resulta na coroação do próprio movimento onde eles se inscrevem, neste caso, o Hip Hop português. Nada mais acertado: o rap português e por inerência todo o Hip Hop enriquece com toda a qualidade demonstrada e oferecida por Praso. “Deus posso ser eu a julgar-te?/ Por que é que não posso fazer da minha vida só arte?”. Fosse eu que mandasse....

“Digo-vos a verdade (como feitiço)” apresenta uma batida fora do comum no universo de Praso, onde ele expõe nesta faixa tudo aquilo que pensa sobre variados assuntos, desde críticas ao pugilato verbal do rap português até à conversa insossa de muitos rappers. Sempre frontal, sem rodeios, Praso lança um feitiço que pretende que seja uma condução à verdade, numa espécie de cruzada contra tudo e contra todos. Algures até intimidades são partilhadas: “Eu faço no quarto Kama Sutra nos beats”.

Chegando ao final desta viagem por “Alma&Perfil”, apercebemo-nos que este disco é especial pelo facto de parecer ter sido feito um pouco à moda antiga do Hip Hop português. Um álbum 100% feito em casa, com muita essência e simplicidade, mas muito elegante, genuíno, cheio de bom gosto, que resulta numa vibrante e clássica peça de arte que ficará na memória do nosso rap. Parece-me um registo com uma actualidade permanente. Por outro lado, convém referir outras qualidades que engrandecem este trabalho, para além dos beats e das rimas, como o flow flutuante de Praso (a Joana Nicolau chama-lhe “flow de seda”), o trabalho gráfico respeitante à capa, a dedicação e extremo cuidado de Praso em todos os pormenores, a rectidão dele, a franqueza... De menos bom, este disco só peca por um ou outro refrão que se repete em demasia, por uma ou outra dureza de rins na tentativa de encaixar umas rimas. De resto, uma obra incontornável na discografia do nosso rap, que inscreve Praso na galeria dos notáveis do Hip Hop português.

As Queimas... (em actualização)

XIII Semana Académica de Loulé

23 de Abril - Tribruto


25º Semana Académica de Faro

5 de Maio - Orelha Negra


Noites da Queima das Fitas - Porto

5 de Maio - Marcelo D2

7 de Maio - Nneka

8 de Maio - Cacique'97

Enterro da Gata 2010 - Braga

10 de Maio - Expensive Soul

sábado, 17 de abril de 2010

Orgânica (Bob da Rage Sense + DJ Scotch) e Monster Jinx Goodies para download

Já escrevi sobre o projecto Orgânica aqui no HIPHOPulsação. A novidade agora é que Bob da Rage Sense e DJ Scotch tiveram a amabilidade de colocar para download gratuito as faixas que compuseram e que se encontravam para audição apenas no space deles.

A Monster Jinx também disponibilizou para download gratuito mais trabalhos, embora estes já tenham conhecido edição há algum tempo. É o caso de "Conversas de Café" que juntou Stray e Paulo Leitão, mas também trabalhos de DarkSunn e Pulso, por exemplo. É uma boa oportunidade para quem não escutou ainda estes registos.

DJ Premier + Pete Rock + 9th Wonder

Murmurava-se por esse extenso universo da internet uma suposta (e secreta) junção das poções mágicas de Pete Rock com as de DJ Premier, juntando-lhes ainda uns pozinhos da Nona Maravilha, e tudo isto na mesma panela! Ora, ontem o secretismo morreu pela boca de Premier, contudo, não foi por ele que se desvendaram detalhes sobre o processo de criação e possíveis cúmplices de tal acontecimento.

Sendo assim, dada a actual camuflagem (e aparente nulidade de resultados) desta parelha, não é crível que se possa saborear o produto final tão cedo. Resta-nos aguardar que, na altura de ser servido (num bom cálice, certamente), este mantenha intactas todas as características essenciais destes três senhores.

Hoje: Monster Jinx DJ Set

Doitall feat. Pete Rock - Surrender (Vídeo)



Doitall (outrora DoltALL) é parte integrante de um dos colectivos que abrilhantaram a década de 90: Lords of The Underground. Nos próximos tempos, poderemos escuta-lo a solo numa mixtape que aparecerá para a semana, e num LP ("American Du") que irá surgir em Maio. Para deleito de muita gente, Doitall apostou numa parceria com o lendário Pete Rock (que como se sabe não brinca em serviço) e daí resultou "Surrender". Ainda para mais com um vídeo bem animado!

Rakaa Iriscience a solo



O primeiro registo pessoal de Rakaa Iriscience está para chegar em breve. Com ele deverão vir atrelados vários convidados (de luxo, provavelmente) e batidas bem reluzentes. Isto se seguir o mesmo caminho que tem trilhado ao lado de Evidence e DJ Babu. E a verdade é que nos dois únicos sons dados a conhecer de "Crown of Thorns" até agora, os dois parceiros de Rakaa em Dilated Peoples estão bem presentes.

"Connect The Dots" tem Babu e "Delilah" tem Evidence, ambos nos instrumentais.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Reportagem: Festival Villa Viarizi, Póvoa de Varzim (10/4/2010) no H2T

A reportagem dos concertos de Hip Hop realizados no passado Sábado na Villa Viarizi encontra-se desde hoje disponível para visualização no H2T. Se tiverem curiosidade, sigam por esta via:

http://www.h2tuga.net/artigos-h2t/eventos/3021-festival-villa-viarizi-povoa-de-varzim-dealema-activa-som-contrab.html

J Rawls Sampla Música Portuguesa? (Cont.)



Há cerca de um ano propusemos aqui um desafio muito simples. Estimulamos os nossos leitores a revelarem/descobrirem o sample português (sim, porque aquela voz é lusa, de certeza) que embeleza a música "Dear You", produzida por J Rawls para o duo Unspoken Heard - Asheru e Blue Black. A verdade é que até hoje ninguém nos soube elucidar (nem nós desvendamos o mistério).

Como nos tempos que correm estamos bem mais apetrechados a nível de visitas, voltamos a colocar de pé o desafio, só por descarga de consciência. Haverá finalmente uma alma que acabe com esta nossa dúvida?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Pedaço de Saudade: 7PM



"Directamente de gizéh"

7PM foi um colectivo de Hip Hop, proveniente da cidade da Maia, que gozou de alguma popularidade há uns anos atrás. Os 7 Pecados Mortais (7PM) eram formados por seis elementos: quatro MC's (XeX, Rodrigo a.k.a Sinistro, Fresco e Mago) e ainda dois DJ's (Overule e Madflava).

O grupo iniciou-se em 1998, na altura ainda com sete elementos (conhecidos do break e do graffiti), e começaram (já só com os seis definitivos) a participar em várias compilações e projectos alheios. O início do novo milénio eternizou o primeiro trabalho dos 7PM. Não será difícil imaginar a dificuldade da formação em editar um disco naquela época (se ainda hoje o é... - mormente para os artistas de Hip Hop). "... À última da hora" foi gravado na Associação Recreativa de um bairro maiato e lançado em edição de autor em Janeiro de 2000. Trabalho que levou progressivamente a música do grupo a vários ouvidos, até serem convidados para a primeira compilação de rap nortenho: a "Roka Forte Vol.1". Dois anos volvidos, os 7PM regressaram em formato mixtape, no registo "Das palavras aos (pr)actos". Os dois DJ's da equipa formavam paralelamente os "D'Artefaders". E foi mesmo DJ Overule juntamente com DJ Madflava a selar o ritmo deste último trabalho.

Os 7PM findaram há anos, mas deixaram um legado musical que, apesar de curto, muito satisfez quem o ouviu. Orgulhosamente da Maia, era em Nova Gaia que, segundo os próprios, recebiam alguma animosidade nos concertos que por lá realizavam. Curioso o facto de, a dada altura, se saber que a primeira maqueta do colectivo andava a ser pirateada em países africanos.

terça-feira, 13 de abril de 2010

segunda-feira, 12 de abril de 2010

domingo, 11 de abril de 2010

Festa de Hip Hop na Villa Viarizi, Beiriz (Póvoa de Varzim)

Marcámos presença ontem num evento na Póvoa de Varzim que contemplou as actuações de Dealema, Contrabando88, Cálculo, entre outros. Brevemente toda a reportagem estará disponível para consulta no H2T.

sábado, 10 de abril de 2010

Fotos: VSP Porto 2010

Demos ontem um saltinho à Visual Street Performance (VSP) que está a decorrer este ano no Porto, na Fábrica Social. Oportunidade para espreitar as obras e para tirar uns instantâneos para partilhar com todos aqueles que lá não possam ir. Quanto aos outros, não percam essa chance. Para mais informações e constantes actualizações visitem o blog: www.visualstreetperformance.blogspot.com








Fim-de-semana na PVZ

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Reflection Eternal - Strangers (Paranoid)

Reportagem: Gare Clube, Porto (2 de Abril 2010)



O relato das peripécias da noite de Hip Hop no Gare Clube, no Porto, já pode ser visto no H2T. O nosso texto dá conta de tudo o que se passou na noite em que actuaram DJ D-One, DJ SlimCutz, Supremo G, Deau, Enigma, Fuse e Ex-Peão. À distância dum clique:

http://www.h2tuga.net/artigos-h2t/eventos/2997-gare-clube-porto-02042010.html

Visual Street Performance 2010

Estão abertas, desde esta quinta-feira, as portas da Fundação José Rodrigues para a realização da primeira Visual Street Performance na Cidade Invicta, isto após uma mão cheia de anos na capital. Do programa de quatro dias (encerra no domingo, às 22h) pode-se esperar pinturas ao vivo, música, demonstrações de skate, cinema e muito mais.

Vários trabalhos vão ser expostos, desde obras de Mr. Dheo, Vhils, HBSR, Caos ou de Best Ever, sendo que Kayo, Uber, Sphiza, Ram e Blast irão demonstrar o seu talento ao vivo. A música estará a cargo dos DJ's de serviço: Maze, Diggy, Glue e Kayops.

Fica o convite para os amantes de street art. O evento (o maior do género no país) acaba no domingo.

http://visualstreetperformance.blogspot.com/

quinta-feira, 8 de abril de 2010

"A Essência" de Mind da Gap a 26 de Abril

Já se conhece o dia oficial para a chegada do novo trabalho de Mind da Gap: 26 de Abril. "A Essência" será assim o quinto álbum de originais do trio portuense, depois do último "Edição Ilimitada" de 2006. Na tracklist do novo registo avistam-se as participações de Valete e Maze, sendo que DJ Serial ficou responsável por todos os instrumentais. Revelamos mais abaixo o alinhamento das faixas e relembramos o single homónimo do álbum.


Mixtape "Egotripping" de Xeg

Dia 30 de Abril será conhecida a nova mixtape de Xeg, intitulada "Egotripping". Para já, apenas se conhece a lista de participações das 20 faixas: Tekilla, Sam The Kid, Regula, Valete, Blackmastah, Silva o sentinela, Mestrinho, Nameless, Ditadores, Player, El Loko, 9milla, Hollywood, Short Size e Lince.

Cypress Hill - Rise Up




Novo vídeo de Cypress Hill para a faixa "Rise Up". O tema está incluído no álbum a que dá nome, e conta com Tom Morello, dos Rage Against the Machine. A juntar a este single, outras 14 faixas compõem o novo disco, com convidados como Evidence, Alchemist, Pete Rock, Jake One, Mike Shinoda ou Daron Malakian. A 20 de Abril já será possível adquirir o sucessor de "Till Death Do Us Part", que fez de "Get 'Em Up" a grande malha de apresentação do álbum, isto ainda no ano transacto.

A Nova Cara do H2T

A poucos meses de completar 7 anos de existência, o H2T - www.h2tuga.net apresenta a sua sexta remodelação.

Desde o dia 28 de Julho de 2003, muito mudou no Mundo, no mundo da Internet, no mundo da Informação e no mundo do HipHop. Principalmente, português - longe vão os tempos em que havia escassez de informação para divulgar.

Esta nova remodelação do H2T, planeada há quase 2 anos, adaptada e executada ao longo de vários meses, vem de encontro às necessidades actuais deste projecto, de carácter não-profissional, na tentativa de crescimento contínuo e consolidado. É um pequeno passo para a humanidade, mas um gigantesco salto para o H2T que, dotado de um novo sistema, terá, a partir de agora, mais facilidade em se manter actualizado.

Novidades a confirmar em
www.h2tuga.net

terça-feira, 6 de abril de 2010

Dealema - Arte de Viver (crítica)

Dealema revisita os nossos ouvidos com o trabalho “Arte de Viver”. Distribuído gratuitamente através da plataforma Optimus Discos, este EP assinala e reforça, novamente, toda a importância do pentágono na nossa cultura Hip Hop. Maze, Fuse, Mundo, Ex-Peão e DJ Guze enriquecem-nos, mais uma vez, com a sua música. Desta feita, à borla!

«Arte de Viver» é um emaranhado de soturnos, brutais e estranhos ambientes donde pingam pequenas luzes que contribuem para a natural e vital respiração do Homem. Com o planeta debatendo-se com graves cancros e amputações, Dealema palpa o terreno e agita as mentes para a descoberta do remédio que nos salve. Da parte do colectivo dealemático, o antibiótico é a prescrição do costume: lutadores permanentes, eternos sonhadores e caçadores de emoções, nutridos com cantis de liberdade e criação.

Num mundo onde, mais tarde ou mais cedo, tudo é perda, Dealema orgulha-se em potenciar os ganhos. Desde 1993 em actividade, é perfeitamente compreensível que as transformações e o virar das folhas do calendário lhes tragam a percepção de que o sentimento característico da velha escola fique preso nas esferas do tempo. Mas em vez de ficarem agarrados ao passado, os cinco profetas mergulham no mar ainda inexplorado, pisam a terra ainda intacta, gravitam na lua onde ainda não se levantou poeira.

Esmiuçar a vida, o mundo, as pessoas, os confins do mistério, eis a proposta. Observar o que nos escapa à vista desarmada. Sentir e degustar os climas chuvosos, nublados, enigmáticos, tenebrosos, que não permitem antever o que está para lá da cortina de fumo. Ouvir os tique-taques sinistros, os risinhos fantasmagóricos, os recados blindados ao entendimento humano das forças do além. Vamos no comboio-fantasma até à casinha dos horrores. Somos passageiros no próprio mundo, pois claro.

Viver é a confrontação do real que imaginamos com a ficção que somos. Duramos pouco mais do que uma película de terror e, no entanto, sentimos a dor em potência máxima. Quando chega o carro fúnebre? Trivialidade da vida que nega o reconhecimento. Indigência que, no fim, arrasta o corpo para um só e tão apertado buraco. Depressão, degradação, suicídio. Qual o poeta maldito que nunca consumou isto? Histórias de comprimidos por goelas abaixo, de problemas que rasgam peles, de conflitos interiores que dinamitam crânios, de pobreza humana que assalta e viola o próprio corpo. Abaixamento de braços, apertos no coração, olhares absortos e cheiros a pólvora queimada.

É difícil encontrar esperança quando se tem de resistir ao «magnetismo pelo abismo». Mas ela existe. A cabeça erguida é a sina dos guerreiros. O mais justo prémio. Avança-se contra tudo e contra todos, o que importa é mesmo a honra. O Apocalipse não há-de assustar os de bons instintos, nem que venham os corvos agoirar. Como pode a causa ser perdida se pequenas manifestações de vida se agigantam perante a morte? No meio do caos também se operam milagres, é verdade.

Vidas que se cruzam em seis (sete?) graus de separação. Relatos marados. Malícia no abrir das portas. Dentes que rangem com o adeus do crepúsculo. Pesadelos até à alvorada. Bruxas, psicólogos, coveiros, a tratar da sociedade anónima. Viagem ao subconsciente, estados de transe, arrastamentos de pedras tumulares, ressurreições. Sonambulismo e hipnose, com adornos de lividez. «Erosão da sanidade» que faz a ponte para o desconhecido. Visões de hospitais, flashes do inferno, levitações, suspensão do tempo. Anjos e demónios. Como não ficar com “olhos de vidro” (e com ar de rock) quando se entra em dicotomia: vida e morte, beleza e fealdade, resistência e desistência, opulência e miséria, fortaleza e fragilidade, princípio e fim?! Impossível. «Arte de Viver» compreende tudo isto... E o mais que não se pode dizer... É só ouvir.

Dealema ensaiou no seu laboratório sonoro uma série de experimentações e interessantes abordagens que tiveram resultados entusiasmantes. Os relatos da vida, do surreal, dos sonhos, dos simples pensamentos a olhares fogueados no autocarro, enfim, os sentimentos que nos atravessam a espinha e brotam faiscantes no pensamento. O grupo expressou os constrangimentos e os dilemas que são colocados às pessoas, que têm de escolher e arcar com as consequências disso neste mundo cão. Não obstante toda a acidez presente neste EP, o sumo musical daqui espremido servirá certamente para fortalecer o organismo do nosso Hip Hop. Em «Arte de Viver», deixo um reparo apenas para o tema “Mais Uma Sessão” que, não sendo mau, antes pelo contrário, aparece, no entanto, a destoar na linhagem, no fio condutor, de grande parte do EP. Nessa faixa três, Dealema aperalta-se, alista-se na equipa do Rocky e distribui elegantes murros a quem ousar meter-se no ringue poético para confrontá-los. Todavia, não é por este erro de casting que Dealema vê obliterada a magia, a originalidade e a qualidade lírica e instrumental patenteada em toda a “Arte de Viver”. Pena somente para o facto de Dealema ter perdido uma bela oportunidade de apresentar um trabalho verdadeiramente temático e conceptual, escapando um pouco à simples e rotineira compilação de sons.

sábado, 3 de abril de 2010

A festa do rap da Invicta



Mais uma noite de rap exclusivamente nortenho no Porto, desta vez no Gare Clube. Nós estivemos lá e, como é habitual, revelaremos a nossa reportagem no H2T. Mas porque não contemplar já os mais curiosos com um cheirinho da noite tripeira de 2 de Abril?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Orelha Negra - A Cura (Primeiro videoclip)

Alberto Gonçalves converte-se ao Hip Hop!

Segundo o jornal "O Cântaro Vai à Fonte", Alberto Gonçalves, cronista do Diário de Notícias, converteu-se à cultura Hip Hop. Tudo aconteceu depois das milhares de mensagens deixadas a Alberto Gonçalves que o sensibilizaram e o demoveram para deixar de ser menos ignorante e racista. Segundo algumas fontes (não sei se boas ou impróprias para consumo), Alberto Gonçalves terá levado a ideia tão a fundo que está mesmo pensando em residir na Cova da Moura, de modo a estar mais próximo deste fenómeno. Genuinamente, Alberto Gonçalves dá mostras de querer fazer do Hip Hop o seu estilo de vida. Ah, suspeita-se que o dito senhor mudará, em breve, o nome da sua crónica no DN de "Dias Contados" para «Dias Cantados». É que Alberto Gonçalves já foi visto com um caderno de rimas nas mãos e pensa-se que exista a séria possibilidade de iniciar uma carreira no rap, tendo como modelo o senhor Curtis Jackson, moderadamente conhecido como 50 Cent. Shout out pro Alberto, yo!