Mais uma noite de grande rap em perspectiva, mais uma ida ao Hard Club. Saudável rotina em que se está a tornar. Desta vez, Nocas (+ Dior), Regula (+ Sam The Kid) e Reks (+ DJ Premier... Não!!! Mentira, mas que bom que seria!!!). Dois nomes de respeito do rap nacional, mais um talento em crescendo no rap americano, que veio culminar no Porto a tour europeia de apresentação do seu mais recente disco: "R.E.K.S. (Rhythmatic Eternal King Supreme)". A noite de 5 de Março prometia.
Com apresentação de Maze, o primeiro a subir ao palco foi Nocas. Eram certamente muitos os que aguardavam pela oportunidade de ver este valoroso rapper ao vivo, depois da aclamada mixtape que lançou ("Manutenção") e da longa ausência dos palcos. Auxiliado por Dior, Nocas esteve exímio com o microfone na mão, mostrando-se sempre seguro, descontraído e comunicativo. Apesar de não ser um artista que se exiba regularmente (muito pelo contrário), o rapper de Aldoar é portador de uma acentuada admiração no seio dos aficionados de rap nortenho e prova disso foi o caloroso acolhimento por parte da plateia (embora esta tenha esmorecido em certos períodos) que compunha muito bem a sala (algo distante da lotação máxima, mesmo assim). O grande momento da actuação de Nocas foi guardado para o fim, com o clássico "Expansão Suspeita" a ser interpretado em dois beats diferentes, acabando acompanhado pelas acrobacias do b-boy matosinhense Aiam (ele que até à altura assumira o comando da mesa dos pratos)
Seguiu-se Regula, com o seu estilo muito particular e a lírica que o caracteriza. Apresentando temas quer dos seus álbuns quer das suas mixtapes, Gula fez-se acompanhar por Holly-Hood e Short Size (Show No Love) e ainda DJ Kronic e não desiludiu os seus fãs, ávidos por o ouvir cuspir no microfone. Deu um concerto talvez demasiado longo, mas entregou-se a fundo. Com ele, trazia um trunfo que sozinho era gerador de compensar qualquer desastre em palco de todos aqueles que estavam em cartaz: Sam The Kid! E como o povo se mostrou feliz quando ele entrou em cena... STK surgiu para pôr em práctica sons de projectos alheios onde participou juntamente com Regula, como a mixtape de Xeg, o álbum de New Max ou "Kara Davis" do próprio Bellini. Escusado será dizer que as rimas de Sam (sobretudo) foram acompanhadas por inúmeras vozes entusiastas, tendo a faixa de "Kara Davis" posto o Hard Club em polvorosa como nenhuma outra naquela noite. Regula sentiu o calor tripeiro pela segunda vez em 2011 e foi ele (e Sam the kid, claro!) quem gerou maior êxtase no público na noite de 5 de Março.
Finalmente, Reks punha a casa em alvoroço. Quer dizer, punha alegres aqueles que esperaram para o ver. De facto, muita gente se retirou assim que acabaram as actuações lusas. Convenhamos que os concertos começaram às 2h50. Reks começou quase às 5h da matina. É só fazer as contas e pensar se vale mesmo a pena começar tão tarde e depois o cabeça de cartaz, vindo dos States, entrar em palco, olhar o público e ver grandes clareiras. Não obstante este facto, Reks mostrou ânimo e derramou paixão sobre aquele mic. A sua exibição no Hard Club foi a confirmação de um artista de mão cheia, com grande capacidade lírica que se mostra arrasador cuspindo nos beats de Premier e Statik Selektah (sobretudo destes dois)! Do alinhamento que Reks escalou, incidência óbvia nos dois últimos álbuns, sem esquecer grandes malhas como "Say Goodnight" ou "The One". De sublinhar a (dizemos nós) surpreendentemente fria recepção a "This or That", a contrastar com a boa reacção a "25th Hour", um dos novos sons de Reks, que acabou por ceder ao pedido de vários dos presentes e repetiu o tema antes de se retirar do palco.
O seu respeito pelo show, pelo público, o seu carácter e humildade, ficaram impressos quando ofereceu o seu chapéu a um fã que lhe clamou por esse gesto (também o relógio que trouxe no pulso voou para a plateia). Reks fê-lo prontamente (note-se que o MC americano se exibiu sozinho em palco, tendo sido somente acompanhado atrás dos pratos por D-One)! É muito bom ver estes nomes americanos de grande qualidade a passarem pelo Porto, mas melhor seria que o público mostrasse maior entusiasmo e não abandonasse a sala assim que terminam as actuações portuguesas.
Com apresentação de Maze, o primeiro a subir ao palco foi Nocas. Eram certamente muitos os que aguardavam pela oportunidade de ver este valoroso rapper ao vivo, depois da aclamada mixtape que lançou ("Manutenção") e da longa ausência dos palcos. Auxiliado por Dior, Nocas esteve exímio com o microfone na mão, mostrando-se sempre seguro, descontraído e comunicativo. Apesar de não ser um artista que se exiba regularmente (muito pelo contrário), o rapper de Aldoar é portador de uma acentuada admiração no seio dos aficionados de rap nortenho e prova disso foi o caloroso acolhimento por parte da plateia (embora esta tenha esmorecido em certos períodos) que compunha muito bem a sala (algo distante da lotação máxima, mesmo assim). O grande momento da actuação de Nocas foi guardado para o fim, com o clássico "Expansão Suspeita" a ser interpretado em dois beats diferentes, acabando acompanhado pelas acrobacias do b-boy matosinhense Aiam (ele que até à altura assumira o comando da mesa dos pratos)
Seguiu-se Regula, com o seu estilo muito particular e a lírica que o caracteriza. Apresentando temas quer dos seus álbuns quer das suas mixtapes, Gula fez-se acompanhar por Holly-Hood e Short Size (Show No Love) e ainda DJ Kronic e não desiludiu os seus fãs, ávidos por o ouvir cuspir no microfone. Deu um concerto talvez demasiado longo, mas entregou-se a fundo. Com ele, trazia um trunfo que sozinho era gerador de compensar qualquer desastre em palco de todos aqueles que estavam em cartaz: Sam The Kid! E como o povo se mostrou feliz quando ele entrou em cena... STK surgiu para pôr em práctica sons de projectos alheios onde participou juntamente com Regula, como a mixtape de Xeg, o álbum de New Max ou "Kara Davis" do próprio Bellini. Escusado será dizer que as rimas de Sam (sobretudo) foram acompanhadas por inúmeras vozes entusiastas, tendo a faixa de "Kara Davis" posto o Hard Club em polvorosa como nenhuma outra naquela noite. Regula sentiu o calor tripeiro pela segunda vez em 2011 e foi ele (e Sam the kid, claro!) quem gerou maior êxtase no público na noite de 5 de Março.
Finalmente, Reks punha a casa em alvoroço. Quer dizer, punha alegres aqueles que esperaram para o ver. De facto, muita gente se retirou assim que acabaram as actuações lusas. Convenhamos que os concertos começaram às 2h50. Reks começou quase às 5h da matina. É só fazer as contas e pensar se vale mesmo a pena começar tão tarde e depois o cabeça de cartaz, vindo dos States, entrar em palco, olhar o público e ver grandes clareiras. Não obstante este facto, Reks mostrou ânimo e derramou paixão sobre aquele mic. A sua exibição no Hard Club foi a confirmação de um artista de mão cheia, com grande capacidade lírica que se mostra arrasador cuspindo nos beats de Premier e Statik Selektah (sobretudo destes dois)! Do alinhamento que Reks escalou, incidência óbvia nos dois últimos álbuns, sem esquecer grandes malhas como "Say Goodnight" ou "The One". De sublinhar a (dizemos nós) surpreendentemente fria recepção a "This or That", a contrastar com a boa reacção a "25th Hour", um dos novos sons de Reks, que acabou por ceder ao pedido de vários dos presentes e repetiu o tema antes de se retirar do palco.
O seu respeito pelo show, pelo público, o seu carácter e humildade, ficaram impressos quando ofereceu o seu chapéu a um fã que lhe clamou por esse gesto (também o relógio que trouxe no pulso voou para a plateia). Reks fê-lo prontamente (note-se que o MC americano se exibiu sozinho em palco, tendo sido somente acompanhado atrás dos pratos por D-One)! É muito bom ver estes nomes americanos de grande qualidade a passarem pelo Porto, mas melhor seria que o público mostrasse maior entusiasmo e não abandonasse a sala assim que terminam as actuações portuguesas.
Resumindo, foi mais uma bela noite, sem dúvida, apesar da debandada que antecedeu a entrada de Reks, o que acabou por esfriar naturalmente as hostes. Todavia, todos se empenharam ao máximo em palco para proporcionarem um momento bem passado aos presentes. Isso é meio caminho andado para um espectáculo ter êxito. Que venha a próxima noite no Hard Club, com bons artistas nacionais e com grandes rappers/grupos internacionais. Só nós sabemos porque não ficamos em casa!
Nocas de volta! E realment triste que o povo só vá pra ver os tugas, isto apesar de eu também não conhecer muito o Recks lol
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