8 de Outubro de 2011. Foi este o dia, ou melhor, a noite, que cravou o ressurgimento discográfico de Terrorismo Sónico nas ruas do Porto (isto depois de uma primeira aparição no dia anterior, em Santo Tirso). Mundo e Ex-Peão são os dois rostos e vozes deste projecto que até este ano de 2011 tinha gerado apenas um trabalho há precisamente dez anos atrás, o álbum “1º Assalto”. A festa do último sábado no Porto-Rio serviu de apresentação ao segundo registo desta dupla história do rap tripeiro com um título que dispensa justificações: “2º Assalto”. Para o seu lançamento foram convidados: Maze, Sagaz, DJ Guze e DJ A.C. (ACTS). Chullage seria certamente outra ilustre presença caso não lhe tivesse surgido, para a mesma noite, outro compromisso inadiável.
Como é hábito em qualquer festa hiphopiana, foi um dos DJ’s de serviço que abriu as hostes, neste caso DJ Guze. Guze estendeu o seu set até por volta da 1h30, altura em que se iniciou o primeiro round, que é como quem diz, a primeira actuação. Maze, novamente em missão a solo (ou quase), surgiu com a descrição e segurança que lhe são reconhecidas e com alguma dose de bom-humor, anunciando a cada passagem de tema o novo álbum de Dealema (com lançamento público assinalado para Dezembro). No piso inferior do barco mais festivo da margem portuense do Douro, Maze jogou pelo seguro, com as faixas de cunho pessoal que o público melhor conhece. Exemplo disso, “Lágrimas de Gratidão” (da compilação “Roka Forte Vol.1”) ou “Brilhantes Diamantes”. Por outro lado, também foi buscar ao baú Dealemático dois êxitos, “Sonhar Acordado”, com a colaboração de Mundo, e mais tarde também Ex-Peão se juntaria a Maze para o eclodir de “Bofiafobia”. Pouco depois terminaria o showcase de cerca de 30 minutos, sem falhas, com boa disposição e uma boa empatia com a plateia presente que esteve, contudo, longe de encher a sala.
A rondar as 2h15, Mundo e Ex-Peão subiram ao ringue (leia-se palco) para o despontar do “2º Assalto”. De logótipo “terrorista” estampado no peito e sem ninguém nos pratos, os dois MC’s embarcaram no Porto-Rio com a lição bem estudada. Antes de trilharem o segundo disco fizeram questão de invocar o primeiro. Invadimos o palco/Ponham já as mãos no alto/Isto é um assalto. O grito de guerra elevado por dezenas de pulmões pôs desde logo o barco em polvorosa. Após o tema de abertura, entrou então em rotação o “2º Assalto”. Num primeiro contacto, este segundo trabalho de Terrorismo Sónico revela-se mais consciente e maduro (como seria de esperar) e menos cru. “Calão Distinto” foi provavelmente o som do novo repertório que maior receptividade recolheu.
Sagaz foi convidado de honra na performance de Terrorismo Sónico. Com uma bela participação na faixa “Desliguei a Máquina” (responsável por 16 barras e refrão), Sagaz claudicou um par de vezes na letra, falhas que Mundo e Ex-Peão prontamente colmataram, mas que não impediram o lisboeta de sair cabisbaixo do palco. À parte dos dois “Assaltos”, Mundo e Ex-Peão trouxeram sons a solo para loucura (literalmente) da audiência e ainda remisturaram o clássico “Bairro” de Ex-Peão com “Eles Andam Ao Cheiro” de Mundo. Para fechar em beleza, ou melhor, em histeria, marcaram um encore com “Lei da Ruas”, talvez o tema mais hardcore com selo Terrorismo Sónico. Não tivesse o barco atracado à margem e nessa altura teria certamente se deslocado dali com a agitação humana que se gerou no piso inferior. Findadas as actuações, DJ A.C. fechou o tasco.
Em suma, foi uma noite onde todas as boas previsões se cumpriram, exceptuando talvez o facto de a plateia ter sido um pouco menos numerosa do que se esperaria. Maze cumpriu as perspectivas, numa altura em que começa a ser evidente a falta de temas novos que dêem uma lufada de ar fresco nos seus concertos de cariz pessoal, isto apesar do MC ter normalmente poucas actuações sozinho. O duo Terrorismo Sónico abriu e fechou o show com as duas malhas mais pesadas do primeiro disco, desvendou o novo como se já se tratasse de um clássico e ainda teve a feliz ideia de juntar sons que marcaram o percurso de ambos a solo. Perfeito.
Como é hábito em qualquer festa hiphopiana, foi um dos DJ’s de serviço que abriu as hostes, neste caso DJ Guze. Guze estendeu o seu set até por volta da 1h30, altura em que se iniciou o primeiro round, que é como quem diz, a primeira actuação. Maze, novamente em missão a solo (ou quase), surgiu com a descrição e segurança que lhe são reconhecidas e com alguma dose de bom-humor, anunciando a cada passagem de tema o novo álbum de Dealema (com lançamento público assinalado para Dezembro). No piso inferior do barco mais festivo da margem portuense do Douro, Maze jogou pelo seguro, com as faixas de cunho pessoal que o público melhor conhece. Exemplo disso, “Lágrimas de Gratidão” (da compilação “Roka Forte Vol.1”) ou “Brilhantes Diamantes”. Por outro lado, também foi buscar ao baú Dealemático dois êxitos, “Sonhar Acordado”, com a colaboração de Mundo, e mais tarde também Ex-Peão se juntaria a Maze para o eclodir de “Bofiafobia”. Pouco depois terminaria o showcase de cerca de 30 minutos, sem falhas, com boa disposição e uma boa empatia com a plateia presente que esteve, contudo, longe de encher a sala.
A rondar as 2h15, Mundo e Ex-Peão subiram ao ringue (leia-se palco) para o despontar do “2º Assalto”. De logótipo “terrorista” estampado no peito e sem ninguém nos pratos, os dois MC’s embarcaram no Porto-Rio com a lição bem estudada. Antes de trilharem o segundo disco fizeram questão de invocar o primeiro. Invadimos o palco/Ponham já as mãos no alto/Isto é um assalto. O grito de guerra elevado por dezenas de pulmões pôs desde logo o barco em polvorosa. Após o tema de abertura, entrou então em rotação o “2º Assalto”. Num primeiro contacto, este segundo trabalho de Terrorismo Sónico revela-se mais consciente e maduro (como seria de esperar) e menos cru. “Calão Distinto” foi provavelmente o som do novo repertório que maior receptividade recolheu.
Sagaz foi convidado de honra na performance de Terrorismo Sónico. Com uma bela participação na faixa “Desliguei a Máquina” (responsável por 16 barras e refrão), Sagaz claudicou um par de vezes na letra, falhas que Mundo e Ex-Peão prontamente colmataram, mas que não impediram o lisboeta de sair cabisbaixo do palco. À parte dos dois “Assaltos”, Mundo e Ex-Peão trouxeram sons a solo para loucura (literalmente) da audiência e ainda remisturaram o clássico “Bairro” de Ex-Peão com “Eles Andam Ao Cheiro” de Mundo. Para fechar em beleza, ou melhor, em histeria, marcaram um encore com “Lei da Ruas”, talvez o tema mais hardcore com selo Terrorismo Sónico. Não tivesse o barco atracado à margem e nessa altura teria certamente se deslocado dali com a agitação humana que se gerou no piso inferior. Findadas as actuações, DJ A.C. fechou o tasco.
Em suma, foi uma noite onde todas as boas previsões se cumpriram, exceptuando talvez o facto de a plateia ter sido um pouco menos numerosa do que se esperaria. Maze cumpriu as perspectivas, numa altura em que começa a ser evidente a falta de temas novos que dêem uma lufada de ar fresco nos seus concertos de cariz pessoal, isto apesar do MC ter normalmente poucas actuações sozinho. O duo Terrorismo Sónico abriu e fechou o show com as duas malhas mais pesadas do primeiro disco, desvendou o novo como se já se tratasse de um clássico e ainda teve a feliz ideia de juntar sons que marcaram o percurso de ambos a solo. Perfeito.
Texto: Sempei
Fotos: Ana Mendes
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