Best Of 2008-2009 de DJ Ride

Começou por se saciar na "Turntable Food", depois distribuiu "180 Gr" de arranhões, no ano passado aliou o EP "Beat Journey" à Optimus Discos (plataforma que se unirá brevemente aos Dealema) e irá estrear 2010 com as novas "Psychedelic Sound Waves". Também já colecionou vários títulos e cravou as suas mãos em vários projectos alheios. DJ Ride não é uma promessa, é já uma certeza.

Editado por Afonso Figueiredo e com texto de Rui Miguel Abreu, o vídeo acima é um apanhado dos últimos dois anos deste jovem talento. Can You Now Imagine The Future?

Divulgando...

... O EP "Livre Diversidade Vol.1" de 7th Wonder, com selo Beatbox Records. O trabalho consiste em 5 faixas produzidas na íntegra por 7th Wonder e um convidado em cada uma delas. São eles: Dr. Clau, Pofo, Mean, Alvarenga e Rkappa.

Disponível gratuitamente e de forma directa por aqui ou pelo myspace de 7th Wonder:

http://www.myspace.com/7thwonder340514


... Também disponível encontra-se o cd da jovem Santiago denominado "Grauzero" e com o preço de 10€. As encomendas devem ser registadas para o contacto: juhlla@gmail.com

No seu myspace podem-se escutar quatro dos onze sons que completam o disco - que conta com participações de Tekilla, Cátia Pereira, Bruna Pires e HUmano Sereno.

http://www.myspace.com/santihh

Mind da Gap - A Essência (com Maze)

O próximo álbum dos Mind da Gap vai saltar para os escaparates em meados de Abril. Até lá, todos os apreciadores da música engendrada por este trio portuense terão a possibilidade de saborear o primeiro laivo de "A Essência", isto porque o single que dá nome ao disco (e conta com a contribuição de Maze - um velho amigo de Ace, Presto e DJ Serial) tem rodado em exclusivo na Antena 3. O video oficial desse mesmo som também está concluído e pronto a ser testemunhado a partir de hoje.

Quando a música fala por nós...

"Sua Mina Ouve Meu Rep Tamém.."

Depois de "Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Comida, Até Que Eu Cheguei Longe" eis que em São Paulo nasce outro registo de nome peculiar: "Sua Mina Ouve Meu Rep Tamém..". O protagonista é o mesmo: E.m.i.c.i.d.a. (ou Enquanto Minha Imaginação Compor Insanidades Domino a Arte). Depois da mixtape que o colocou na lista dos nomes mais promissores do rap brasileiro (apesar de ter começado a arrecadar visibilidade na Liga dos Mc's) - tendo o single "Triunfo" ganho particular destaque - o rapper paulistano lançou recentemente um EP que só se encontra disponível nos seus concertos ou por encomenda via email. Aliás, foi também nestes moldes que Emicida vendeu milhares de cópias com a sua mixtape.

Voltando ao EP. Desse trabalho fazem parte seis faixas (com produções de Nave, Dj Nyack, I.Jay e Dj Soares), todas elas regadas com versos para o público feminino. Em baixo, rolam três desses sons.

Festa de Lançamento da Freestyle nº6

Ill Bill

Não ouvia nada de Ill Bill há um bom tempo. Foi como se as saudades me arranhassem a pele pela necessidade dum musical antibiótico mordaz que provocasse um zumbido saudável nos meus ouvidos. Ora aí está. Surpreendi-me por não ter sabido que Ill Bill lançara "The Hour Of Reprisal". Numa incursão pelo youtube, fiquei fascinado com os vídeos que dão rosto à música do rapper norte-americano. As animações são de grande qualidade e resultaram perfeitamente na ilustração dos sons. Para quem gostar de rap e de trabalhos gráficos do género, Ill Bill mostra-vos uma praia paradisíaca...

José James em Portugal

José James, um dos meninos bonitos da cena Jazz norte-americana, está de regresso a Portugal, a fim de apresentar a sua nova colheita musical. Depois do aclamado "The Dreamer", José James voa de Nova Iorque até terras lusitanas para uma série de concertos onde os temas do novo LP «Blackmagic» serão a atracção principal. Com aromas da Soul, Blues, Hip Hop, José tirará o seu Jazz deste caldeirão de ritmos, prometendo deliciar as hostes.

19 de Fevereiro - Cineteatro de Estarreja (22h)
20 de Fevereiro - Festival Jazz de Portalegre (21h30)
22 de Fevereiro - Teatro Gil Vicente, Coimbra (21h30)
24 de Fevereiro - Museu do Oriente, Fundação Oriente, Lisboa (21h30)
25 de Fevereiro - Centro Cultural das Caldas da Rainha (21h30)

Os dois primeiros singles de "Free Agent"

Primeiro vídeo do segundo álbum de Joell Ortiz "Free Agent". O single escolhido chama-se "Call Me" e conta com a participação de Novel. Ele que lançou recentemente a mixtape "Defying The Predictable", juntamente com o membro do colectivo Slaughterhouse.

Um segundo som do álbum também já vagueia pela net. Chama-se "Project Boy" e brotou das mãos de DJ Premier.

Big L

Faz hoje 11 anos (já?!) que o lendário rapper norte-americano Big L faleceu. A triste e estúpida morte aconteceu no bairro de onde era natural, no Harlem. Extremamente talentoso, Big L não teve tempo de explanar em vida todas as suas capacidades e potencial, vendo apenas a recepção pública do álbum “Lifestylez ov da Poor & Dangerous”, saído em 1995 e que contou com o préstimo do então incógnito Jay-Z! De entre as várias pérolas deste álbum, “M.V.P.” e “Put It On” são as que brilham mais intensamente. Apoiado inicialmente por Lord Finesse, Big L chegaria a integrar, em 1998, o colectivo D.I.T.C. (Diggin In The Crates), do qual fazem parte nomes sonantes do rap nova-iorquino. “Devil’s Son” foi o primeiro single de Big L, logo depois de ter assinado pela Columbia Records em 1993.



Concluído o seu primeiro disco, Big L canalizava energias para um segundo registo. Em 1998, lança o single “Ebonics”, que é recebido com entusiasmo. Em plena laboração do trabalho “The Big Picture”, entre 1997 e 1999, acontece então a 15 de Fevereiro de 99 a desgraça que lhe ceifa a vida. Big L foi atingido com vários disparos na cabeça e no peito quando circulava no seu bairro. Nunca se soube realmente quais foram os motivos que levaram a que alguém disparasse sobre ele. “The Big Picture” acabaria por sair para as ruas postumamente. Várias personalidades do Hip Hop reconheceram-lhe o génio como Jay-Z que o queria contratar para a sua editora e Guru que, juntamente com DJ Premier, lhe prestou tributo com o tema “Full Clip”. 11 anos depois, Big L permanece bem vivo na memória e nos ouvidos de todos aqueles que amam o rap!

Fim-de-semana carnavalesco...

Kika Santos

A música já rola na rádio há algum tempo, mas desconhecia o vídeo realizado por Frederico Miranda. Esta remistura "U Fill Me" é obra de DJ Ride e foi o primeiro avanço do novo trabalho de Kika Santos "Art Beats From The Heart". New Max e Tó Ricciardi também remisturaram o tema.

Para quem não tem acompanhado a voz soul da Kika Santos convém dizer que foi integrante do grupo Blackout, editou um disco pessoal intitulado "Ouro Azul" e já emprestou as cordas vocais em vários trabalhos alheios, como por exemplo (e só falando em termos de Hip Hop) no tema "Underground" de Dj Jess, "A Vida Na Ponta dos Dedos" do Sr.Alfaiate aka DJ Nel Assassin ou no single "Dar o máximo" dos Mind da Gap.

Actualmente, Kika Santos brilha no grupo Loopless ao lado de Hugo Novo (irmão de Tiago Novo aka New Max), e prepara em conjunto novo álbum depois do trabalho homónimo lançado em 2003, que nos deixou, entre outros temas, as faixas "Raining Down" e "Educated Fools (Waiting On)". É nu jazz e é nacional!

Às 3 Pancadas

Embora as imagens tenham sido capturadas por telemóvel (certamente), o som está minimamente perceptível. Trata-se do 2º Concurso de Batalhas MC & Beatbox denominado "Às 3 Pancadas" e teve lugar na última sexta-feira, no Vaticano Club, em Barcelos.

Para além do concerto dealemático de Fuse, vários Mc's confrontaram-se em palco, exibindo todos os seus skills. No júri realçe para o nome Né (Barrako 27).

Na grande final o 'puto' NTS (de Espinho) bateu-se contra Zeka, mas foi o homem da casa a levar o troféu para... casa. Ao último e honroso degrau do pódio subiu CuSS, da Póvoa de Varzim.

J Dilla: 4 Anos de Saudade!

O tempo passa rápido! Já volveram 4 anos desde que Dilla nos deixou fisicamente. Musicalmente, nunca poderemos queixar-nos de não lhe sentirmos a companhia, a alma, o génio. Quotidianamente, eu sinto-o. Puro ídolo e verdadeiro responsável por eu gostar tanto de rap e da cultura Hip Hop. Logo nos primórdios do blog, escrevi um texto sobre o inesquecível J Dilla. Podem recordá-lo aqui. Nunca te esqueceremos, Jay!

Effe - 7 (EP download)

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www.myspace.com/raza13effe

Pela primeira vez...

... vi hoje o filme "Juice" de 1992 onde entra Tupac. Gostei bastante do filme e da banda-sonora, claro, recheada de rap. Para quem nunca viu o filme, recomendo. Os mais curiosos podem consultar informações relacionadas com o filme aqui. Sobre a banda-sonora é só saltar para aqui.

Cazota Produções apresenta... Reunião - Retrospectiva 2009

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(Se alguém arranjasse um link alternativo, que não o RapidShare, era óptimo!)

Strata G. - De 2007 a 2009

1- Intro (Strata G)
2- Strata G. - Punchliner
3- Sub-x, Strata G e Trial - Crianças
(Produção Intakto)
4- Vortix feat. Strata G. - Decepção
(Produção Meko)
5- Fonsk feat. Strata G. - Back in the Days
6- Strata G. - Maus Habitos
7- Speaker feat. Strata G. - Estado de Orçamento
8- Strata G. - Traição
(Produção Trial)
9- Prg e Strata G. - Ultimo Piso Familia
(Produção Ghostkiler)
10- Strata G. - Rita
(Produção Karabinieri)
11- Novorpheu feat. Taj Mahal Strata G, Trial e Dj Lilpip - São Punchlines
(Produção Presk)
12- Don-G, Nga, Masta, Sub-X, Strata G e Dj Masta Jay - Sem Titulo
13- Allan feat. Strata G. e Joh Sam - Firme e Forte
14- Sub-X, Prg, Cadete. Hoplord, Strata G & Problematico - Da Linha a Marinha
(Produção Dréz)

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Girl Talk

Desconhecia o nome Girl Talk até ele me ser sugerido pela 'Nobody'. Pois bem, Gregg Gillis é o indivíduo que está por detrás das remisturas que parecem ter vindo agitar o universo da reciclagem sonora. No seu repertório avistam-se quatro álbuns, sendo que, pelo que pude reparar, foi a partir do penúltimo (denominado "Night Ripper") que os seus mashups começaram a dar a volta ao mundo.





Girl Talk constrói vários puzzles criativos, juntando músicas (ou peças delas) do panorama rock, pop e rap, do mais indie ao mais comercial. Algumas faixas parecem demasiado sujas e preenchidas, no entanto, algumas conjugações não deixam de ser curiosas, como o instrumental de "Heard 'Em Say" com as rimas de "Gold Digger" do próprio Kanye West e os versos escoceses e "pop/rockeiros" dos velhos Pilot, ou o piano super soft do Elton John a equilibrar a voz pesada (e saudosa) de Notorious B.I.G. em pleno "Juicy". A criatividade de Girl Talk não tem limites, o destino das suas criações também não. Apesar de se inclinarem mais para as pistas de dança, haverá muitos aficionados de rock e de rap a piscar-lhes o olho.

O último álbum de Girl Talk foi lançado em Junho de 2008. À semelhança de "In Rainbows" dos ingleses Radiohead, também "Feed the Animals" foi disponibilizado por Gregg Gillis na internet sem qualquer preço mínimo exigido, cabendo aos seus fãs oferecem o que bem entenderem pelo download. Ainda não tive possibilidade de desbravar este e os outros trabalhos de Girl Talk como deve ser, mas das primeiras audições sobressaiu desde logo um maior número de samples combinados (serão cerca de 300) no último registo. Para quem ainda não conhece estas remisturas, tem a oportunidade de conhecer algumas delas agora.

Haiti = Katrina

Agora que a tragédia no Haiti tem paulatinamente saído da agenda mediática, tomo a liberdade de registar algumas palavras sobre o assunto. Cada vez que vejo (via) as imagens na TV com as pessoas a gladiarem-se por comida, a gritarem de desespero, a falarem que não recebiam ajuda, eu constantemente lembrava-me do drama vivido pelos moradores de Nova Orleães aquando da passagem devastadora do furacão Katrina pela região. Acredito na boa-vontade de todos aqueles que se dirigiram para o Haiti em missão de auxílio mas realmente nunca compreendi o porquê de se demorar uma semana (!) só na operação de logística no terreno, de se mandarem soldados atrás de soldados para o território (principalmente norte-americanos) e não entendia por que chegavam os jornalistas e os repórteres de imagens a determinados lugares e a ajuda não! Claro que no turbilhão de desgraças aconteceram alguns milagres que só foram possíveis com a preciosa intervenção das equipas de salvamento que para ali se deslocaram de vários países. Todavia, dava-me um aperto no coração sempre que via os rostos das pessoas e das crianças, muito particularmente, esganados de dor e de fome, deixados à sua sorte, entregues a eles mesmos, sem que a ajuda, que estava mesmo ali ao lado, conseguisse prestar-lhes auxílio antes que fosse tarde de mais. Entre Nova Orleães e o Haiti há uma ponte de semelhanças. Uma ponte possível de ser estabelecida pois os pilares que formam esse tabuleiro são infelizmente, em ambos os casos, gente pobre, gente ignorada e gente desprotegida. Gente assim, quer antes quer depois das catástrofes acontecerem. É triste.

Quem não se lembra das ácidas palavras de Kanye West contra Bush?



Legendary K.O. grupo de Houston sentiu-se inspirado pelas palavras de Kanye West e fez este tema em sinal de protesto contra o lento processo de ajuda da administração norte-americana presidida por Bush. A canção teve um impacto gigantesco e chamou à atenção para a gravidade da situação em Nova Orleães, sublinhando a inércia, desprezo e racismo de Bush.



Mos Def também se insurgiu contra a desgraça:

Street Tape de Natho Mc

A divulgar as suas rimas desde 2003, contando com participações nas mixtapes "Conexão Brasil-Portugal" (do brasileiro Joab Mc) e "O outro lado do crime" (impulsionada pelo português Yosh), Natho Mc (do duo DP - juntamente com Alkafla) continua a alastrar a sua música, desta vez através da sua mais recente street tape. Para além do MC natural do Cacém, também Ghoya, Nina e Zagalow se fazem ouvir ao longo das 9 faixas do trabalho.

Para fazer o download basta passar pelo myspace de Natho Mc aka Nathoral G ou seguir directamente por este link.

Tha Dogg Pound & Lady of Rage - Puffin' On Blunts And Drankin

Estavamos nos primórdios da década de 90, quando Dr. Dre e Suge Knight fundam a Death Row Records. A editora logo se estabelece como madrinha de artistas que rapidamente logram lucrar milhões, como a dupla Tha Dogg Pound, o (na altura) jovem Snoop Dogg ou até mesmo o próprio Dr. Dre (Tupac seria mais tarde resgatado). Actualmente a lendária Death Row conta nas suas fileiras com mais de cinco dezenas de nomes.

No final do ano passado, "The Ultimate Death Row Collection" foi lançada para o mercado em dose tripla. Para além dos grandes hits da história musical da West Coast, a compilação brinda os aficionados com vários singles nunca lançados oficialmente e que se mantinham resguardados na arca da editora. Entre eles encontrava-se "Puffin' On Blunts And Drankin", que foi imortalizado em vídeo nos anos 90 e juntou o duo Tha Dogg Pound com Lady of Rage (e um breve cameo de Dr. Dre).

Franco-atirador

Texto originalmente publicado na revista Freestyle nº 5:

Soam estridentes os alarmes que anunciam a crise dos letristas no rap português. Tiramos o enrolado mapa de Portugal da gaveta, abrimo-lo e procuramos sofregamente pelas zonas férteis em lyricists com arte e engenho suficientes para calar o banzé debitado pelos frenéticos aparelhos preventivos. Vamos ao Google, pesquisamos pelas palavras “excelência” e “génio” para retermos na memória quantas são as entradas que referem o nome dos MC’s que trazem isso na ponta da caneta. Anseia-se pelo glorioso dia em que se dará a ressurreição da importância das letras no rap, depois da batida as ter morto, ou perto disso.

Felizmente há ainda quem mantenha bela a relação do risco de tinta com a folha de papel. Desde nomes da Velha Escola, guardiões da essência, até aos contemporâneos da Nova Escola, saídos há pouco tempo da barriga da mãe, é certo, mas já mais lambões por inovação e originalidade do que ministros da Tecnologia e da Cultura.

Mas eis o desafio, o sonho: colocar o rap na vanguarda lírica da música portuguesa. Para isso, MC’s têm de se munir duma linguagem criativamente rica, esquecerem os lugares comuns e aumentar o cuidado na escrita é vital, em abono da credibilidade. Laivos poéticos são tão necessários como versos pensantes e como rimas ambiciosas.

O desamor entre a língua portuguesa e a música feita no nosso país vem em crescendo e o rap tem potencialidades para contrariar essa sina. Elevar-se o patamar de exigência das letras é decisivo para que elas ganhem dimensão e permitam igualar-se às dos melhores letristas nacionais como Rui Reininho, Adolfo Luxúria Canibal, Ary dos Santos, Sérgio Godinho ou Carlos Tê, por exemplo.

A arte possui uma vertente lúdica mas é igualmente uma forma de conhecimento, poder, transformação, afirmação e cristalização de momentos. Daí que o rap possa continuar a proporcionar o prazer do jogo das palavras, ao mesmo tempo que se encaminhe, de igual forma, para desmontar os artificialismos da vida, devolvendo a verdade às pessoas. António Jacinto, um dos meus poetas angolanos preferidos, exemplificava bem como a escrita podia ter muita força, sendo mostra de denúncia, resistência e esperança. Una-se uma letra forte a um suporte musical equivalente e temos uma arma mais poderosa que uma kalashnikov.

Os artesãos de versos do rap português marcarão a diferença, na música lusa, se reavivarem o amor pela língua, se colocarem nas letras a impressão digital da nação, escolhendo serem vozes activas e críticas, de modo a aproveitarem o relativo desinteresse de outros géneros musicais em pintarem tal quadro.

Sem trabalho e originalidade não há eternidade na arte. Portanto, os melhores e os que estarão, mais tarde, na parede dos prodigiosos, serão aqueles que mais trabalharem, que mais estudarem e que fixarem a ambição e a ousadia de superarem o que está feito. O MC tem de ser o seu primeiro crítico para somente terminar um trabalho quando nele encontrar vestígios de perfeição.

Indague-se na vasta imaginação, encha-se o peito de humanidade, revolva-se o pensamento, grafite-se a poesia nas letras. Porque o rap é muito mais do que um antro de corações cegos que necessitam duma pistola para se orientarem pelos caminhos da palavra.

Reportagem: La Dupla no Armazém do Chá (23-1-2010)

Já está acessível no H2T a reportagem que fizemos do evento ocorrido no Armazém do Chá. La Dupla mais convidados abrilhantaram a noite portuense com o seu Hip Hop. Acedam ao texto através do seguinte link:

http://www.h2tuga.net/cronicasdeeventos/090_armazemdocha_23jan2010.php

No seguimento da reportagem, revelamos ainda várias outras fotos captadas no mesmo show. Para testemunhar aqui:

http://viewmorepics.myspace.com/index.cfm?fuseaction=user.viewPicture&friendID=470195182&albumId=1187953

Nova editora portuguesa de Hip Hop: Headstart Records

Já está online o site da nova editora portuguesa de Hip Hop. Chama-se Headstart Records e a sua morada é http://www.headstartrecords.com/ .

Deixo o texto de apresentação que a editora tem na página inicial do seu site:

Num mercado saturado por editoras de hip-hop independentes, a única maneira de subsistir é marcar a diferença.
Na Headstart procuramos a diferença, que só se encontra na qualidade, originalidade e profissionalismo. O nosso objectivo é apenas fornecer as condições aos artistas para que o maior número de pessoas conheça o seu trabalho, dando liberdade aos seus membros para arriscar e procurar novos caminhos.

Para além da vertente musical, queremos que a HSR seja unida e dinâmica, um lugar onde todos importam e trabalham para um mesmo fim: tornar esta editora um selo de qualidade e um símbolo de uma filosofia que seguimos devido à nossa paixão comum – o Hip-Hop.

Os nossos artistas são neste momento : Criatura, Dj Ketzal, Intakto, Presk, Vinil, W-Magic e Xksitu.