Também no décimo nono dia de Maio Guru lançou o seu quarto trabalho com selo 7 Grand. Segundo o MC, o Hip Hop contemporâneo escassa em autenticidade, característica que abunda em "Guru 8.0 Lost & Found". Sobre produção exclusiva de Solar, as rimas de Guru auto-definem-se um upgrade a um rap cada vez menos real. Para quem está à espera de um álbum na mesma linha da série "Jazzmatazz" desengane-se, pois Guru já partiu para outra.
Killah Priest tem editado pelo menos um disco por ano, 2009 não será excepção. As rimas do rapper começaram a brilhar ao lado das de Wu-Tang Clan, tornando-o mesmo um dos afiliados mais convincentes. "The Exorcist" foi totalmente cozinhado por DJ Woool e conta com linhas carregadas de elementos espirituais, filosóficos e políticos. Para além do rapper, as participações vocais extendem-se a Victorious e Able (Quinto Soul). Uma das faixas ouve-se aqui.
Roc C é um emcee underground que até nem reúne grande consenso. Apesar disso, surge agora com mais um LP onde metade dos créditos são da responsabilidade do produtor NeMo aka IMAKEMADBEATS. Portanto, todos os instrumentais pertencem a NeMo, enquanto que o rapper partilha o mic com Rakaa Iriscience, Rapper Big Pooh, Wildchild, Prince Po, entre outros. O primeiro vídeo de "The Transcontinental" foi para 'Wont' Fall'.
O quinto trabalho de Superstar Quamallah conta apenas com sete dias de rua mas tem atraído bastante atenção do público de rap. Não sendo uma Super Estrela, este "Invisible Man" chuta para canto o mainstream, centrando todo o seu jogo no Hip Hop dos anos 90. Este é, pois, um álbum com muito amor à camisola. Temos as batidas suadas de jazz e soul e as que marcam o compasso ao estilo boom-bap. Esta é apenas uma peça de um dos puzzles mais completos do ano, certamente.
Tal como Wu-Tang Clan, Sandpeople é dos colectivos mais numerosos que o Hip Hop conheceu. Embora bem menos mediáticos, os dez elementos do grupo têm revelado uma vitalidade que pressagia uma carreira tão produtiva quanto consistente. "Long Story, Short…" é apenas mais um daqueles grandes passos no terreno que este grupo de Portland teima em galgar. Com um multi-instrumentalista e produtor de potentes beats (que também é emcee), Sapient, os Sandpeople conduzem o rap a uma nova experiência. O single "Hate Aside" é um exemplo disso mesmo.
O canadiano Moka Only é um dos mais dinâmicos e incansáveis artistas de há uma década para cá. Pertenceu ao grupo Swollen Members antes de fazer carreira a solo, tendo reunido cerca de trinta LP's até ao momento. O último, "Lowdown Suite 2…The Box", é considerado por alguma crítica um dos melhores registos do rapper/produtor. Bootie Brown (de Pharcyde), Kissey Asplund e PSY são os contributos no microfone, sendo que todas as batidas tem nacionalidade canadiana. Aqui está uma delas.
Outros Lançamentos:
Rapper Big Pooh - Delightful Bars: North American Pie Version
All in Together Now Raw: A Tribute to Ol' Dirty Bastard
Haystak - The Natural II
Prodigy - Ultimate P
Busta Rhymes - Back On My B.S.
Slaine - The White Man is the Devil, Volume 1
Scratch - Loss 4 Wordz
Kanye West And Malik Yusef Present G.O.O.D Morning G.O.O.D Night
Este mês de Maio foi recheado de bons álbuns, mas destes já escolho o de Quamallah com Invisible Man, jazzy style em abundância um bom laid back flow, perfeito para momentos chill out, gostei do vídeo clip de Roc C, deve estar bom esse álbum tenho de esticar o braço e ver se oiço.
ResponderEliminarÁlbuns que me desapontaram, o blackout 2 começa bem, mas para o meio tem umas faixas mesmo radio night club mainstream, mas gostos são gosto se passassem á noite não me fazia de esquisito, afinal são duas referencias, outro que ficou em falta foi o Guru, o álbum está para lá de comercial o pessoal e os strings digitais cheios de efeitos não entendo.
Bom Post.
Aquele Abraço.
Claramente um álbum em grande o do Quamallah. Dos que mais gostei neste ano, sem dúvida. Muito agradável de se ouvir.
ResponderEliminarDo que ouvi de Roc C fiquei mais agarrado às produções.
O 'Blackout 2' não foi mais nem menos do que aquilo que esperava. Quanto ao Guru, é inevitável fazer-se a comparação deste álbum (ou qualquer outro dele) com o estilo Guru-Premier. Sendo assim, acho que fica mais difícil entranhar-se. De qualquer das maneiras penso que conta com boas produções, apesar de beats como o 'Cee what we do' me dizerem pouco.
Obrigado,
Abraço!