domingo, 19 de abril de 2009

Eles estão de volta!



Talib Kweli e Hi-Tek voltaram aos estúdios com o intuito de oferecer ao clássico "Train of Thought" um merecido substituto. Denominado "Trainspotting", este novo trabalho surgirá nove anos após o antecessor, que deixou relíquias como 'The Blast' e 'Move Somethin' na memória dos muitos apreciadores da dupla Reflection Eternal. Cá fora está já o vídeo para 'Back Again' que, pode-se dizer, traz consigo um Kweli no seu melhor e um Hi-Tek ao nível dos eternos produtores de excelência. Sem vídeo, mas com bom áudio, também já se faz ouvir 'Internet Connection', que conta com um breve cameo do baixista Boosty Collin. Os tempos são outros, logo, é natural que tanto Talib Kweli como Hi-Tek tenham amadurecido o suficiente para perceber o que o hip hop actual espera deles. Por mim, tudo o que aí vier provocará sempre uma reflexão interna e eterna, o que muitas vezes faz falta ao hip hop contemporâneo.

Mas Talib Kweli não se contenta em regressar às lides com Hi-Tek, já que também Mos Def voltará a partilhar os estúdios e os palcos com o rapper. É verdade, apesar de não haver data concreta, os Blackstar estarão de volta com um novo álbum. Onze anos após o extraordinário trabalho homónimo, Kweli e Mos Def preparam tranquilamente o registo que, por muito que não se queira, chegará selado de espectativas de ser um digno sucessor de um dos mais marcantes àlbuns da década passada. Por enquanto, o duo tem agendado concertos para Maio, onde prometem relembrar os êxitos enquanto Blackstar.
Convém também acrescentar que Talib Kweli prepara igualmente o próximo trabalho a solo intitulado "Prisoner of Consciousness". O emcee foi buscar o nome a um outro álbum do artista nigeriano de reggae Majek Fashek.


P.S.
Ao que parece, andaram a circular por aí rumores de que 9th Wonder estaria a reunir-se secretamente com Phonte e Big Pooh para o regresso da formação inicial dos Little Brother. Entretanto, o assunto foi desmentido e bem enterrado por Phonte no Twitter: "Não queremos voltar a trabalhar com 9th Wonder. Nunca mais!". É pena...

3 comentários:

  1. O Talib é fofinho em qualquer coisa que faça, o Hi-Tek tem de estar bem disposto :P Mas também fico contente do regresso, tanto da dupla Talib-Hi Tek como Talib-Mos Def.

    Quanto a 9th wonder... Sim, a saída dele afectou Little Brother. Mas não é nem por sombras dos meus produtores favoritos. Ele e o Alchemist soam sempre ao mesmo e têm um estilo super limitado e repetitivo. Até o Oh No, que tem um bocado o mesmo problema, às vezes consegue surpreender com algo totalmente inesperado.

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  2. É sempre bom saber que a dupla Talib e Hi-tek, agora basta esperar que tirem um coelho da cartola com um álbum já não digo igual mas no mínimo a 80% dessa obra prima Reflection Eternal de 2000, o Hi-tek estou um pouco desiludido com o que ouvi no seu ultimo projecto Hi-teknology Vol3 lançado por a Babygrande, muito atraz do que ele já mostrou ser capaz de fazer, o 9th wonder é um produtor que gosto, á que dar-lhe imenso valor porque como muitos começou do 0 com programas básicos como fruty loops, e hoje olha as participações dele e nomes que ele tem ajudado a trazer á ribalta, o problema do Litle brother se é que é um problema, é igual ao do Guru no seu ultimo álbum 8.0, o seu estilo ao flow não é mesmo Guru de Gangstarr, será da falta dos beats e cuts do Premier fica a questão.

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  3. Joana, desses nomes que rotulaste de repetitivos, talvez o caso do 9th Wonder seja o mais falado, mas não deixa de ter grande mérito nas suas produções. Quanto ao AAAAAAlchemist, não consigo chegar à conclusão que é limitado e repetitivo, sinceramente, não me parece. Talvez o facto de uma pessoa ouvir um beat e conseguir desvendar logo a origem do mesmo, dê a ideia que o estilo é repetitivo e tal, mas nem sempre corresponde à verdade. São estilos já marcados, o que não é nada fácil consegui-lo.
    Quanto ao Hi-Tek, não acho que o estado de espirito o caracterize. Aprecio-o bastante :P

    Lá está, Raizes, o 9th Wonder têm muito mérito no que faz. Não é por uma ou outra batida mais parecida que perde o valor. Sim, boa comparação essa dos Little Brother com os Gangstarr. Às vezes um emcee habitua-se tanto às batidas de um produtor que em cima de outros beats parece que falta algo. Até pode não ser mau, mas não chega a ser tão bom. Embora no caso do Guru, no volume 4 da série Jazzmatazz (já com produção exclusiva do Solar) achei que esteve em bom nível.

    Cumprimentos aos dois!

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