Royalistick nasceu em Lisboa a 4 de Fevereiro de 1982. Ainda adolescente, quis que o rap fosse para si mais do que uma paixão. Era ambição dele tornar-se interveniente directo por via do mcing. Enveredando por esse caminho, fez parte de projectos como Eskumalha Click, DHC e Organização. Em 1999, Royalistick estreou-se na mixtape de DJ Sas chamada “2ª Vaga”. Seria ainda o mesmo DJ Sas a dar-lhe uma nova oportunidade com a mixtape “Flowmasters”.
Também conhecido como Don R1, projectou a edição de um EP - “2003 Decibéis de Escrita”. Passaram-se alguns anos após a sua estreia e a sua vontade em evoluir no rap não refreava. O desejo de rimar era latente faltavam-lhe apenas as oportunidades.
No belo ano de 2004, Royalistick recebe uma boa-nova que o entusiasmará e o fará sair definitivamente do anonimato no seio da comunidade Hip Hop em Portugal. Twism, recém-fundador da editora Chocolate Bars, teve a ideia de fazer uma compilação com vários artistas para precisamente celebrar o surgimento do seu selo discográfico. Royalistick foi então desafiado por Twism para compor um tema para “Beats & Rimas”, nome da empreitada de Twism. O mc de Almada apresentou o tema “Xlibris”, que se cotou como um dos melhores desse projecto.
Royalistick pretendia cimentar a sua posição no rap nacional através da concepção de um álbum em nome próprio. Assim, em 2005, “Visão Periférica” sai do estúdio e conhece as montras das lojas, naquele que seria o primeiro disco de Royalistick. O álbum foi fruto de uma parceria entre a Chocolate Bars de Twism e a Lucky Link Records do próprio Royalistick, contando ainda com a distribuição da SóHipHop.
As reacções a “Visão Periférica” foram de uma forma geral bastante positivas e Royalistick via-lhe ser reconhecido o mérito e confirmavam-se as expectativas daqueles que lhe auguravam um bom futuro. O disco foi-se entranhando nos ouvidos da comunidade Hip Hop portuguesa e os elogios foram-se espalhando em várias plataformas de comunicação. Chegou 2006 e com ele novidades. Royalistick mudou-se para a editora Footmovin’ Records a fim de elevar a qualidade do seu trabalho e os níveis de exposição.
Os objectivos passavam por trazer mais qualidade e mostrar a evolução que o seu trabalho sofrera. “Portfólio” saiu em 2008 e foi uma aposta forte de Royalistick. E ganha, diga-se. Com um disco assente numa linha bastante pessoal, Royalistick fez-se acompanhar dos produtores Madkutz e SP e reuniu um leque de convidados que lhe garantiram que este documento musical ficava na memória dos ouvintes de rap português. À custa de temas fortes, o rapper da Margem Sul teve a possibilidade de levar a sua música a outros públicos pois actuou em alguns programas de televisão.
Para além dos seus dois discos, Royalistick participou em trabalhos alheios como os de Madkutz, Twism, Núcleo e Vokábulo. Olhando para trás, Royalistick conseguiu revelar-se como um bom valor do nosso rap. Gostos à parte, ninguém lhe pode retirar a solidez dos vários projectos em que se envolveu. Só assisti a um concerto ao vivo de Royalistick, na Casa da Música, e gostei bastante da sua atitude durante o concerto. Curiosamente, Royalistick afirmou que essa foi uma das melhores noites que viveu em palco. Anunciada a sua retirada, espera-se que, um dia, possa regressar com o ânimo renovado, com mais energia, com mais qualidade, pois há certamente muitos fãs que deverão estar tristes com esta situação. Que isto seja uma vírgula e não um ponto final no seu percurso. Por todo o seu trabalho e dedicação, a nossa saudação a Royalistick!
adoro as musicas eu sou vezinha dele ,mas de tudo adoro as musicas!!
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